Jornal de Uganda é fechado por homofobia.

O jornal ugandense "Rolling Stone", foi obrigado pela Suprema Corte do país a encerrar suas publicações. O jornal havia no mês passado publicado uma lista com cem supostos homossexuais  aqui. No último final de semana, não satisfeitos, publicaram outra lista com 20 supostos líderes homossexuais e pedia, em sua manchete, que eles fossem enforcados.

Frank Mugisha, presidente da organização "Sexual Minorities Uganda" (SMU), disse que seu grupo havia requerido ao Tribunal Superior o fechamento do "Rolling Stone", porque este estava expondo pessoas inocentes a discriminação, ridicularização, intimidação e violência.

"Eu sinto um enorme alívio e felicidade, porque recebemos a justiça finalmente. O Rolling Stone não vai mais estar nas ruas.
A justiça foi feita. Este deve ser um lembrete para que a mídia não mais incite a violência contra grupos minoritários no país ", disse Mugisha.

O Código Penal de Uganda proíbe a homossexualidade, além de descrever em detalhes como ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo é contra a ordem da natureza(sic).

O editor-chefe do jornal, Giles Muhame, disse que ainda não havia recebido a ordem do tribunal. "Eu não vi o mandado de segurança, mas a guerra contra os gays precisa e vai continuar. Temos que proteger nossas crianças desta afronta suja", disse ele.

O país Africano foi repreendido por ativistas e por membros dos direitos humanos do mundo todo no ano passado, quando um parlamentar do partido governante propôs uma lei anti-gay que, puniria os infratores com a prisão perpétua ou a pena de morte.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, que tem denunciado a homossexualidade como um vício ocidental, finalmente cedeu as pressões internacionais e pediu aos legisladores para adiar a votação do projeto de lei.

Em grande parte das culturas conservadoras da África, a homossexualidade é um tabu. Gays são muitas vezes ridicularizados e muitos deles são obrigados a esconder sua orientação sexual, com medo do assédio e das agressões.

Vale também ressaltar que essa onda de homofobia na África, inclusive o projeto de lei de Uganda, tem um forte patrocínio de pastores evangélicos americanos. Vários deles tem ido ao continente africano difundir o projeto de reversão da homossexualidade através da fé. Dentre eles estão os pastores Scott Lively, um pregador conservador da Califórnia, que escreveu um livro chamado "The Pink Swastika", sobre o que ele chama de: "Ligações entre o nazismo e uma agenda gay de dominação mundial". E Rick Warren, autor do best-seller "The Purpose Driven Life". Mas o mais raivoso de todos é o pastor carismático ugandense, Martin Ssempa, que dirige uma organização para a erradicação da Aids. A organização é financiada, em parte, pelos EUA e é associada a Saddleback, igreja do sul da Califórnia, dirigida por Rick.  Ssempa tem, inclusive, o hábito de queimar preservativos. Em 2007, ele organizou uma manifestação para protestar contra o "homossexualismo"(sic), "agentes homossexuais(?)" e "ativistas" que se "infiltraram em Uganda". 

Não é difícil perceber a influência criminosa que esses líderes religiosos e seu ódio incontrolável contra os homossexuais, tem nos países menos desenvolvidos. Aliás, o que acontece na África, também acontece aqui no Brasil, principalmente na Amazônia, onde esses religiosos detonam a cultura indígena aqui.

Fácil perceber, que onde há ignorância há facilidade de manipulação, e é justamente ai onde esses religiosos entram, eles manipulam as populações carentes e ignorantes e disseminam seu ódio. Dessa forma atraem mais fiéis(gado) e aumentam sua riqueza. Assim fica fácil comprar políticos corruptos e infestar, como parasitas que são, os governos de países pobres.

Qualquer semelhança do que acontece por lá, com o que acontece por aqui, não é mera coincidência!


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