EUA: Justiça exige que estúdio fotográfico atenda a casais gays

Elaine Huguenin e Jon Huguenin
Um casal dono de um pequeno estúdio de fotografia, foi obrigado pelo Supremo Tribunal de Justiça do Estado do Novo México a prestar seus serviços a casais do mesmo sexo, do mesmo modo que serve casais de sexo oposto.

Elaine Huguenin e Jon Huguenin, proprietários do estúdio "Elane Photography", se recusaram a oferecer os seus serviços em um casamento de duas mulheres em Taos, Novo México. Eles argumentaram que suas crenças religiosas estavam em conflito com esse tipo de casamento. Com isso, Vanessa Willock, uma das partes, apresentou uma queixa à Comissão de Direitos Humanos do Novo México por violar a lei estadual, que proíbe a discriminação com base na orientação sexual.

Em 2008, a agência decidiu em favor do reclamante, no entanto, os empresários recorreram da decisão representados pela Aliança em Defesa da Liberdade (FDA, por sua sigla em Inglês), uma organização cristã, e, como não poderia deixar de ser, anti-gay. De acordo com o juiz Richard Bosson, que decidiu em favor do casal de lésbicas, as crenças religiosas devem ser assunto dos que creem, apenas.

Finalmente, na semana passada, o Supremo Tribunal do Novo México decidiu que a legislação anti-discriminação do Estado obriga o estúdio Elane Photography a "atender os casais de mesmo sexo da mesma forma que atende os casais de sexo oposto." Após a decisão, o advogado da FDA disse que, certamente, irá recorrer da nova decisão da Suprema Corte dos EUA.


Comentários

  1. Perfeito! Se prestam serviços ao público, devem atender TODO o público. Ou fechem o estúdio. Esse papo escroto de que "fere crenças religiosas" não pode ser aplicado a quem presta serviços, é ofensivo e discriminatório. Infelizmente, no Brasil, as pessoas denunciam muito pouco, ainda. Aqui perto, um mercadinho de um evangélico fundamentalista não atende gays, se o dono perceber que a pessoa é LGBT. O que nos resta aqui é não ir mais a locais assim, quem sabe o imbecil perceba o quanto perde em dinheiro. Mas é pouco. Repito, precisamos de uma lei efetiva que criminalize a homofobia. As municipais e estaduais que existem estão sendo apenas um suave paliativo.
    Ricardo Aguieiras
    aguieiras2002@yahoo.com.br

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