O ator e roteirista Wentworth Miller, mais conhecido como astro da série de tevê norte-americana "Prison Break", mandou super bem duas vezes numa única tacada. Miller se assumiu gay e rejeitou um convite para participar do Festival de Cinema Internacional de São Petersburgo, em protesto às leis anti-LGBT da Rússia. O ator enviou uma carta para Maria Averbakh, diretora do festival, no qual Miller seria o convidado de honra:
"Prezada senhora Averbakh,
Agradeço seu gentil convite. Como alguém que apreciou visitar a Rússia no passado e que pode também alegar certo grau de ancestralidade russa, eu teria alegria em dizer sim.
Todavia, como um homem gay, eu devo recusar.
Eu estou profundamente perturbado pela atitude atual no que concerne ao tratamento dado pelo governo russo a homens e mulheres gays. A situação não é de forma alguma aceitável, e eu não posso em sã consciência participar de uma celebração festiva organizada por um país onde pessoas como eu têm tido seus direitos básicos de viver e amar com liberdade negados sistematicamente.
Talvez, quando, e se, as circunstâncias evoluírem, eu farei uma escolha diferente.
Até lá,
Wentworth Miller."
Atualmente com 41 anos, Wentworth Miller ganhou fama ao dar vida a Michael Scofield nas quatro temporadas da série "Prison Break". Há muito corriam rumores sobre a homossexualidade do ator, que chegou, aliás, a desmentir.
Agora Miller faz parte da galeria de celebridades que, corajosamente, assumiram publicamente sua orientação sexual. Entretanto, ainda são poucos, sabemos que existem muitos outros ainda no armário. Uma pena, quando um famoso sai do armário, carrega junto um monte de anônimos que, por medo e insegurança, se obrigam a conviver com uma mentira. Mentira essa que corroí e vai minando aos poucos a auto-estima do indivíduo.
Hoje em dia eu já não tenho tanta certeza se a velha e usada desculpa de que, ao sair do armário, teriam esses famosos a carreira prejudicada por conta de sua orientação sexual. Temos alguns bons exemplos que desmentem essa teoria. Mas, cada um sabe de si e a dor que sente. Como disse acima, eu só posso lamentar os que se obrigam a uma vida de fingimentos e artimanhas complicadíssimas para esconder o fato de que amam e se relacionam com pessoas do mesmo sexo, como se isso fosse motivo de vergonha. Eu, de minha parte posso dizer com todas as letras que não é, o amor nunca poderia ser considerado motivo de vergonha, nunca.
Em relação ao que acontece na Rússia, a matéria anterior mostra que os protestos têm dado algum resultado e a ONU já se pronunciou. Agora vamos esperar que passemos da fase dos discursos e medidas mais severas sejam tomas. Mesmo eu sendo descrente e achando que vai ficar só no bláblá mesmo.
"Prezada senhora Averbakh,
Agradeço seu gentil convite. Como alguém que apreciou visitar a Rússia no passado e que pode também alegar certo grau de ancestralidade russa, eu teria alegria em dizer sim.
Todavia, como um homem gay, eu devo recusar.
Eu estou profundamente perturbado pela atitude atual no que concerne ao tratamento dado pelo governo russo a homens e mulheres gays. A situação não é de forma alguma aceitável, e eu não posso em sã consciência participar de uma celebração festiva organizada por um país onde pessoas como eu têm tido seus direitos básicos de viver e amar com liberdade negados sistematicamente.
Talvez, quando, e se, as circunstâncias evoluírem, eu farei uma escolha diferente.
Até lá,
Wentworth Miller."
Atualmente com 41 anos, Wentworth Miller ganhou fama ao dar vida a Michael Scofield nas quatro temporadas da série "Prison Break". Há muito corriam rumores sobre a homossexualidade do ator, que chegou, aliás, a desmentir.
Agora Miller faz parte da galeria de celebridades que, corajosamente, assumiram publicamente sua orientação sexual. Entretanto, ainda são poucos, sabemos que existem muitos outros ainda no armário. Uma pena, quando um famoso sai do armário, carrega junto um monte de anônimos que, por medo e insegurança, se obrigam a conviver com uma mentira. Mentira essa que corroí e vai minando aos poucos a auto-estima do indivíduo.
Hoje em dia eu já não tenho tanta certeza se a velha e usada desculpa de que, ao sair do armário, teriam esses famosos a carreira prejudicada por conta de sua orientação sexual. Temos alguns bons exemplos que desmentem essa teoria. Mas, cada um sabe de si e a dor que sente. Como disse acima, eu só posso lamentar os que se obrigam a uma vida de fingimentos e artimanhas complicadíssimas para esconder o fato de que amam e se relacionam com pessoas do mesmo sexo, como se isso fosse motivo de vergonha. Eu, de minha parte posso dizer com todas as letras que não é, o amor nunca poderia ser considerado motivo de vergonha, nunca.
Em relação ao que acontece na Rússia, a matéria anterior mostra que os protestos têm dado algum resultado e a ONU já se pronunciou. Agora vamos esperar que passemos da fase dos discursos e medidas mais severas sejam tomas. Mesmo eu sendo descrente e achando que vai ficar só no bláblá mesmo.
Super apoiado o Wentworth Miller! Amo o trabalho dele desde "Buffy" ate "Resident Evil". Com esse pronunciamento ele é corajoso e perfeito.
ResponderExcluirSim, ele foi exemplar! E sua análise, Julio Marinho, idem! Veja, pessoas estão fazendo coisas, protestando e saindo do armário. Mas, não sei por que parece que nós, militantes LGBT como um todo - não honrosos indivíduos! - estamos um pouco devagar, não sei o por que. Penso que não podemos descansar.
ResponderExcluirBeijos,
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Me representa também!
ResponderExcluirUm exemplo esse cara sempre o admirei desde quando aprticipou do clips da Mariah , agora mais ainda!
ResponderExcluir