Carlos Vigil, 17 anos, morador de Albuquerque, Novo México, deixou um bilhete de despedida em redes sociais antes de cometer suicídio. "As crianças na escola estão certas, eu sou um perdedor, um anormal e uma bicha".
Este seria o último ano no colégio onde Carlos estudava, como no ano passado, ele já havia mudado de escola para escapar do assédio que sofria.
O jovem, que se tornou um ativista incansável contra o bullying homofóbico, havia retornado recentemente da Carolina do Norte, onde foi apoiar uma nova legislação mais rígida contra o bullying. No entanto, ele não conseguia lidar com a pressão que sofria em sua escola atual e acabou dando cabo da própria vida na semana passada.
Carlos deixou uma mensagem no Twitter se desculpando por não ser o que as pessoas esperavam.
"Peço desculpas àqueles que ofendi ao longo dos anos. Não posso ver que eu, como ser humano, dou asco. Sou uma pessoa que está fazendo uma injustiça com o mundo e é hora de partir. Por favor, nunca se sintam mal por mim nem chorem, porque tive uma oportunidade na vida e esta está se acabando. Sinto não ter sido capaz de amar a alguém ou ter alguém que me amasse. Creio que é o melhor, porque não desejo dor a ninguém. Os meninos da escola estão certos, sou um perdedor, uma abominação e uma bicha e de maneira alguma é aceitável que as pessoas tenham que lidar com isso. Eu sinto muito por não ser uma pessoa que pudesse fazer alguém se sentir orgulhoso.
Agora estou livre. Beijos e abraços,
Carlos"
O pai de Carlos, Ray Vigil, admitiu que correu de volta para casa assim que leu a mensagem, mas nada pode fazer. O jovem foi mantido vivo artificialmente até a última terça-feira, quando finalmente os aparelhos foram desligados e seus órgãos foram doados, como era seu desejo.
A mãe de Carlos, disse que seu filho tinha sido vítima de bullying homofóbico desde que tinha oito anos. O pai também afirmou que eles perceberam o que estava acontecendo com seu filho há três anos e estava tentando ajudá-lo todos os dias desde então. "Carlos queria ser aceito por todos, quando só teria que aceitar a si mesmo", comentou o pai.
Os pais de Carlos afirmaram que irão tentar manter a história viva. Até agora sua conta no Twitter, com seu último post, permanece ativa para evitar que caia no esquecimento.
Enfim, mais um horror que a homofobia causa... Quantos já se mataram... e quantas? parece uma história sem fim, um terror sem fim...
ResponderExcluirRicardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Eu fiquei extremamente tocado com essa história...
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