Um relato de violência - a homofobia nossa de cada dia

Recebi esse relato por e-mail e fiquei perturbado. Conversei com essa pessoa via chat por quase uma semana para poder me certificar de que não era uma brincadeira, obviamente não há provas físicas do acontecido, mas pelas conversas ficou muito claro para mim que essa pessoa de fato passou por uma situação absurda de violência psicológica e constrangimento. Afim de preservar a identidade da vítima e maiores problemas, muitas das coisas que ocorreram não foram colocadas no texto que segue abaixo:

"Prezado Júlio Marinho,

Nunca havia tido problemas com vizinhos. Entrava e saía da minha casa sem dar muitas satisfações a ninguém - sempre achei que não deveria levar mulheres ao endereço residencial e assim foi por muito tempo. No entanto, um dia, uma vizinha EVANGÉLICA - com aparência nitidamente descontrolada - veio até mim reclamar do som da minha TV  (eu não pude compreender, uma vez em que eu mal ligava a TV).

Como eu morava só, fui curta para não emendar assunto, apenas disse: FAÇA O QUE QUISER, CHAME A POLÍCIA PARA MIM. Prontamente, acionei uma Desembargadora, que me pediu que entrasse em contato com o grupo LGBT da minha cidade.

Para o meu azar, o advogado que se mostrava tão solícito e gentil, tinha uma "pecha" pessoal contra a minha família. Ele havia sido aluno de uma Desembargadora que era então minha tia - a qual desconheço, sequer sei quem é - apenas assino o mesmo nome.

Nos encontramos. Esse advogado, num encontro apenas, demonstrou todo o ódio que reservava a minha família, dizendo que a Drª Maria das Graças era a "Maria desgraça", dentre outras desqualificações atribuídas ao meu sobrenome.

No entanto, ao fim do encontro, ainda o vi comprando drogas. Acionei a Desembargadora Paula, pedindo a ela que o afastasse de mim. Foi o suficiente para que ele fosse comunicado via e-mail e tornasse minha vida um INFERNO, juntamente com um ex-relacionamento meu, uma outra advogada.

No frigir dos ovos, ele cortou a água da minha casa - fiquei 10 dias sem tomar banho, sem beber água - e como faço uso de anticonvulsivantes, tive uma convulsão atrás da outra. Fiquei com sequelas motoras e neurológicas e não é a DILMOFÓBICA quem está custeando meu tratamento - que fica em torno de dois mil reais por mês.

Fica a dica: antes de encarar um vizinho HOMOFÓBICO e antes de procurar um grupo LGBT, cuidado! Voce pode cruzar com um homossexual egodistônico.

Graças a Deus, estou em franca recuperação, os agressores estão soltos. Hoje não moro mais no Brasil e estou me recuperando."

OBs.:  para preservar a identidade dos envolvidos, os nomes citados nesse relato são fictícios.

Comentários

  1. A homofobia e suas nuances e vítimas... no entanto, o relato me parece que falta mais dados, alguma coisa. Enfim, vale a dica: temos que nos proteger, sempre.
    Ricardo Aguieiras
    aguieiras2002@yahoo.com.br

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