Por: Julio Marinho
Muito têm se falado sobre o fato de militantes de partidos políticos, principalmente os do PT, terem sido impedidos pelos manifestantes do movimento MPL - se é que ainda podemos chamá-lo assim. Enquanto uns fazem duras críticas aos manifestantes, inclusive chamando-os de fascistas, outros apoiam e defendem a iniciativa. O MPL alega que o movimento é apartidário e, portanto, não deve ser cooptado por nenhum partido político.
Muito têm se falado sobre o fato de militantes de partidos políticos, principalmente os do PT, terem sido impedidos pelos manifestantes do movimento MPL - se é que ainda podemos chamá-lo assim. Enquanto uns fazem duras críticas aos manifestantes, inclusive chamando-os de fascistas, outros apoiam e defendem a iniciativa. O MPL alega que o movimento é apartidário e, portanto, não deve ser cooptado por nenhum partido político.
Paixões e radicalismos a parte, não podemos negar que, o movimento não partiu de nenhum partido político, nem tão pouco teve o apoio, que agora vemos, no seu início. Isso é justificativa para que se impeça militante ou simpatizante de qualquer partido de participar das manifestações? Óbvio que não, afinal de contas, vivemos numa democracia e, se a luta é por um país mais justo e igualitário, como dizem os manifestantes, não se pode incorrer nesse erro. Entretanto, não resta dúvida que há uma enorme insatisfação com os rumos políticos que, há tempos, toma o país. E, mesmo que de forma errada, essa recusa na participação dos militantes partidaristas, pode ser lida como um basta no atual momento político que atravessamos. Afinal de contas, esses militantes estão lá portando as bandeiras de seus partidos e vestindo suas camisas, portanto, estão ali os representando.
Alguns - mais alarmistas, talvez - dizem que a "extrema-direita" se apropriou das manifestações e prepara o clima para um suposto golpe de Estado. Fico aqui tentando, na atual conjectura e após tantas alianças, definir o quê seria direita e esquerda no Brasil, mas enfim. E por falar em golpe, como podemos definir as alianças feitas pelo PT com partidos como o DEM, PMDB e PSC? O quê dizer sobre a aproximação, para não dizer conluio, do atual governo com figuras como Renan Calheiros, Michel Temer, Paulo Maluf, José Sarney? Será que os eleitores, que confiaram num governo petista e seu ideal "esquerdista", não se sentiram traídos por essas alianças? Ou ainda, das alianças com os ruralistas e a bancada religiosa, ou o envio da Força Nacional de Segurança contra indígenas e da subserviência diante da Fifa?
Como falei antes, não vejo nada de errado militantes, independente de qual partido seja, aderir e participar de qualquer tipo de manifestação, o único GRAVE problema disso tudo, é que sabemos que esse apoio será usado de forma eleitoreira. Ou alguém duvida que, nas próximas eleições, TODOS os partidos tentarão usar essas manifestações a seu favor e puxar a sardinha para suas brasas? O uso eleitoreiro dessas manifestações pode até ser legal, só não sei se é ético. Mas, como a ética não tem é mesmo muito levada em consideração no meio político desse país, não me surpreendo.
Fico com as palavras do Presidente do STF, Joaquim Barbosa: "Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E nem pouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder."
Bravo!!! Leia, você que é antenadíssimo e seus leitores e leitoras: http://www.cartapotiguar.com.br/2013/06/22/a-vida-sem-catracas-parte-i/
ResponderExcluirAssim a gente vai crescendo e crescendo!
Te adoro!
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br