A luta continua!

Stonewall Inn - 28 de junho de 1969

Em 44 anos da Revolta de Stonewall, como ficou conhecido o conjunto de episódios de violência, onde gays, lésbicas e transexuais se rebelaram contra a opressão policial na noite de 28 de junho de 1969, muitos de nós ainda vivemos o medo, o terror psicológico, os insultos, as ofensas, os espancamentos, o inferno religiosos dos fanáticos e o desrespeito de muitos, inclusive de familiares, que teimam em dizer que somos doentes, ou que "optamos" em sermos como somos.

Ainda hoje, sentimos o terror psicológico e as dores das agressões que matam, deformam, aleijam e marcam a pele e a alma de todos nós.

Em vários países do mundo cidadãos LGBTs ainda são atacados, mortos, condenados, internados em hospitais psiquiátricos, alijados de sua cidadania e escorraçados de suas casas como se fossem feras medonhas, seres bizarros, criaturas nefastas, desequilibrados morais etc. Não, não somos nada disso! Somos seres humanos normais, sujeitos às mesmas qualidades e defeitos, como todos afinal!

Quando o grupo de homossexuais decidiu dar um basta ao abuso de poder e a violência policial em Nova York, enfrentando-os com a cara e a coragem, nos deram a força necessária para seguirmos em frente, pois aquela noite de 69 tornou-se um marco na história gay mundial.

Hoje, em pleno século 21, ainda lemos, vemos e ouvimos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros sendo agredidos, física e psicologicamente, apenas por serem diferentes e terem sua orientação sexual ou identidade de gênero tratados como desvio moral e abominação.

Não nos deixemos intimidar por estes grupos fundamentalistas, pois eles podem até ter força política e parte da mídia a seu favor, mas NUNCA terão a palavra final, pois, por mais que tentem, não nos calarão, não nos empurrarão de volta para os becos, guetos, manicômios e/ou armários, como se fôssemos aberrações.

Coloquemos nossas caras na janela, falemos aos 4 cantos, sopremos nossas palavras ao vento, pois, mesmo não sendo ouvidos por todos, com certeza, seremos ouvidos por muitos.

A luta é árdua, mas necessita ser continuada, e assim, com determinação e força, chegaremos ao cume daquilo que almejamos: DIREITOS IGUAIS!