Grupo religioso russo quer o Alasca de volta para "salvá-lo" do "casamento gay"


Apoio de Barack Obama ao casamento gay é considerado pecado grave e dá motivo a processo aberto pelos religiosos ultraconservadores


Um grupo religioso ultraconservador da Rússia entrou com uma ação judicial no início deste ano que visa devolver, à Rússia, o Estado americano do Alasca, vendido aos Estados Unidos em 1867. A alegação é de que, os cristãos ortodoxos que vivem no Estado devem ser salvos do "pecado" (em referência ao casamento entre pessoas do mesmo sexo).

O grupo "Pchyolki" argumenta que, os cristãos ortodoxos que vivem no Alasca, cerca de 50.000, de um total de 7300.000 da população do estado, precisam ser protegidos de uma possível aprovação do casamento homossexual, uma vez que não poderiam aceitar o "pecado" como um "comportamento normal". "O assim chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo ameaça a liberdade religiosa dos cristãos ortodoxos do Alasca, que não podem aceitar o pecado como comportamento normal.", afirma o grupo.

Diante disso, a solução proposta pelo Pchyolki é o retorno do território, que atualmente pertence aos EUA, para a Rússia.

O Alasca foi comprado do Império Russo em 1867, graças à insistência do então Secretário de Estado americano, William Henry Seward, por 7,2 milhões de dólares, e foi reconhecido como Estado em 1953, tornando-se o 49º Estado americano e maior em extensão territorial.

Um comunicado no site do grupo diz: "Vemos como nosso dever proteger (cristãos ortodoxos) o direito de praticar livremente a sua religião, que não permite qualquer tolerância ao pecado."

Eles também argumentam que o negócio realizado entre os EUA e a Rússia, em 1867, é inválido. "Há violações técnicas nos termos do acordo de 1867, que previa que o pagamento do Governo americano à Rússia, no valor de 7,2 milhões de dólares, deveria ser feito em ouro, e no entanto foi feito em cheque". 

O Pchyolki é um grupo relativamente obscuro, criado em 2008 para proteger os direitos dos órfãos na Rússia, o que faz pela campanha contra a educação sexual nas escolas, entre outras coisas.

O site do tribunal de arbitragem de Moscou informa, porém, que a petição do Pchyolki não foi aceita, já que não inclui uma série de papéis exigidos, incluindo documentos para justificar suas reivindicaçõesO grupo tinha até a semana retrasada para fornecer a documentação necessária, mas não conseguiu fazê-lo por razões não especificadas.

Comentários

  1. Elderson Gomes18/03/2013, 08:41

    só rindo mesmo. qual a porcentagem de cristãos ortodoxos na região? 0,06% e ainda querem mandar no resto

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  2. Eles querem é o petróleo. lol

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