Por: Julio Marinho
Eu posso estar errado, mas a impressão que tenho é que, os movimentos: negro, feminista e de religiões de matriz africana, só se manifestaram contra o pastor e deputado Marco Feliciano na presidência da CDHM, por que o mesmo fez declarações racistas e machistas, além é claro, da já habitual intolerância religiosa desses fundamentalistas cristãos. Se ele tivesse ficado somente(?) no campo da homofobia explícita, como é de costume, esses movimento não teriam se manifestado. E não me venham dizer que estou mentindo, ou exagerando, afinal de contas, quantas vezes vemos outras manifestações homofóbicas dele, e de outras figuras públicas, sem que esses movimentos se manifestem?
Eu posso estar errado, mas a impressão que tenho é que, os movimentos: negro, feminista e de religiões de matriz africana, só se manifestaram contra o pastor e deputado Marco Feliciano na presidência da CDHM, por que o mesmo fez declarações racistas e machistas, além é claro, da já habitual intolerância religiosa desses fundamentalistas cristãos. Se ele tivesse ficado somente(?) no campo da homofobia explícita, como é de costume, esses movimento não teriam se manifestado. E não me venham dizer que estou mentindo, ou exagerando, afinal de contas, quantas vezes vemos outras manifestações homofóbicas dele, e de outras figuras públicas, sem que esses movimentos se manifestem?
A impressão que fica é que, fazer declarações homofóbicas não tem importância, não é preconceito e não é digno de protesto. O problema é que, quando você permite que uma pessoa manifeste seu preconceito impunemente contra um grupo específico de pessoas, sem que haja uma única manifestação contrária, essa pessoa se sente livre para destilar seu ódio contra TODAS as outras minorias.
A imobilidade social e cidadã, é também uma das principais motivações para que a homofobia, o racismo e o machismo floresçam nas mais diversas comunidades. Como LGBT, tenho a responsabilidade histórica de lutar contra o ódio e a intolerância religiosa ou racial. Como cidadãos, temos o dever e o compromisso moral de lutar contra qualquer tipo de discriminação, não apenas quando essas manifestações, preconceituosas e discriminatórias, nos atinjam diretamente.
A luta contra a homofobia não é coisa só de LGBT'S. É também uma lutas dos heterossexuais. Da mesma forma, a luta contra o machismo não é coisa só de mulheres e a luta contra o racismo não é só para quem sofre esse preconceito na pele. Se permitirmos que esses indivíduos covardes atuem livremente, sem nos posicionarmos com firmeza, em algum momento, todos nós seremos atingidos. Manifestações de intolerância devem ser combatidas por todos que prezam a cidadania e a simples liberdade de ser, sempre.
Eu só espero que, de agora em diante, os movimentos se conscientizem e vejam que a única forma de lutar contra todo esse movimento preconceituoso, que cresce a cada dia nesse país, é a união. Não dá mais para fazer cara de paisagem, quando o grupo ao qual não se pertence, é massacrado. Chega desse comportamento egoísta, onde um não se importa com o que acontece com o outro. Por que se hoje não é contigo, com toda a certeza desse mundo, amanhã será!
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