Mali: Forças francesas salvam dois homossexuais de serem executados


Dois homens foram salvos da execução por serem gays na cidade de Gao, depois que forças francesas e internacionais invadiram o Mali para acabar com o terror islâmico.

A intervenção militar francesa teve início em 11 de janeiro, após uma ofensiva de grupos islamitas armados ligados à Al-Qaeda que ocupavam o Norte do país há dez meses. A operação fez com que milhares de pessoas abandonassem suas regiões de origem em busca de locais seguros. A situação tem gerado apelos de organizações humanitárias, como o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) e a confederação internacional de combate à fome Oxfam.

O Mali e outros países da região se tornaram uma espécie de nova fronteira do extremismo jihadista na era pós Afeganistão. Os rebeldes apoderaram-se das cidades para estabelecer a sharia (lei islâmica) no Mali, incluindo decisão de que gays devem ser executados.

Um dos homens salvos da execução, Badou Ahmed, é gay e foi condenado à morte por militantes islâmicos, e, enquanto esteve na prisão, Badou foi espancado tão severamente que ficou inconsciente. "Quando eles me levaram para a polícia islâmica, disseram que o meu amigo havia admitido que era gay, eles me colocaram em uma sala e me bateram até que eu perdi a consciência. Quando acordei percebi que tinha o quadril fraturado ", disse Ahmed.

Ele agora carrega dezenas de cicatrizes pelo corpo e anda mancando. Badou disse que enfrentou um julgamento injusto depois de ser preso. "Durante o julgamento, não houve testemunhas de defesa. Eles nos disseram que iam cortar nossas gargantas por sermos homossexuais, mesmo o outro homem dizendo que sem prova testemunhal, o julgamento não deveria acontecer."

O segundo homem salvo pelas forças francesas, Alitiin Ag Oussman, disse que ele já estava aguardando a execução. "Eu estava na prisão e estava esperando para ser executado no dia seguinte, foi quando eu ouvi o bombardeio durante a noite. Na parte da manhã uma multidão chegou, quebrou a porta da minha cela para me tirar e me disseram que eu estava livre, que a cidade estava livre dos islâmicos."

Enquanto cuidava dos filhos mais novos, a mãe de Oussman, Agueychatou walet, explicou que o tribunal da Sharia lhe pediu para testemunhar a execução de seu filho. "Eles me chamaram para dizer que tinham decidido cortar a garganta do meu filho, no sábado, e me pediram para assistir e ajudar. Disse a eles que não iria ajudar com isso, e eles me disseram que depois que ele fosse executado eu poderia enterrá-lo", disse ela.

A homossexualidade é legal no Mali mas dificilmente aceita. Os indivíduos identificados como homossexuais são frequentemente vítimas de discriminação. Mas depois que os grupos radicais islâmicos se estabeleceram, a vida dos homossexuais piorou mais ainda. 

Comentários

  1. É sério que vc faça uma defesa tão rasa quanto a invasão francesa no Mali? Inclusive, omitindo que os mesmos franceses que "salvaram" esses homossexuais de serem executados são os mesmo que vendem armas para esses militantes islâmicos?

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  2. Anna, eu não estou fazendo nem uma defesa nem um ataque a invasão francesa no Mali (pensei que isto estivesse claro, já que se trata de uma notícia, e não de um artigo), estou apenas dando a notícia de que duas pessoa foram salvas sim (não entendi as aspas usadas por vc) da morte. Até porque, Anna, eu não sei se vc percebeu, mas esse blog trata basicamente sobre questões relacionas à homofobia. Mas se vc se acha capaz de fazer tal analise e estiver disposta a produzir, ai sim, um artigo, fique a vontade. E mais, se for do seu interesse,eu mesmo posso publicar esse artigo, até como forma de complementar essa NOTÍCIA.

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  3. La Marseillaise - Red Army Choir
    http://www.youtube.com/watch?v=sXex5Z4Kdbs

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  4. Não há nada mais raso que homofobia disfarçada de melhores intenções. A esquerda homofóbica, então, não tem coerência para nada na vida.

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  5. Não há nada tão raso como a homofobia disfarçada de melhores intenções políticas. Ô dó...

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