"Os invisíveis", documentário pungente do cineasta frânces Sébastien Lifshitz, reúne as histórias de homens e mulheres gays mais velhos, que construíram suas vidas à margem da história oficial da libertação LGBT. Os sujeitos de Lifshitz, "os invisíveis", não são indivíduos traumatizados pela vida, alienados por uma sociedade intolerante, não viveram isolados nem foram condenados a refugiar-se no celibato na velhice. Tão pouco é a vitimização que os une, mas sim um real prazer de viver e a determinação excepcional de viver livremente.
"Aos meios de comunicação não interessam os velhos, muito menos os velhos gays, que parecem aceitar seu destino longe da vida social. O termo 'invisível' me parece particularmente adequado para se referir a homens e mulheres que não têm qualquer tipo de representação.", declarou o diretor, que conta com uma filmografia especialmente sensível às questões LGBT ("Primeiro Verão", "Lado Selvagem", La Traverse...).
Este documentário é um mosaico de testemunhos de pessoas idosas nascidas nos entre guerras e que têm apenas em comum o fato de serem homossexuais e um discurso alheio à "homossexualidade oficial", ou seja, com um olhar para coisas que não têm a ver com as conquistas legais.
Suas histórias de vida evocam a luta coletiva por desafiar os preconceitos, opondo-se ao julgamento da moral católica e ao olhar patologizante da psiquiatria. Embora tenham conseguido subverter as normas sociais, o seu heroísmo se destaca mais em sua extraordinária vontade de ser feliz, não importando as circunstâncias e por manter a clareza nos momentos mais difíceis.
Suas histórias de vida evocam a luta coletiva por desafiar os preconceitos, opondo-se ao julgamento da moral católica e ao olhar patologizante da psiquiatria. Embora tenham conseguido subverter as normas sociais, o seu heroísmo se destaca mais em sua extraordinária vontade de ser feliz, não importando as circunstâncias e por manter a clareza nos momentos mais difíceis.
O documentário participou do Festival de Cinema de Cannes e agora pode ser visto nos cinemas no México. O filme é ousado na sua abordagem e não esconde questões polêmicas, como o tabu da sexualidade na terceira idade: "É verdade que eu gosto de filmar pessoas que dão tudo de si para conseguir o que propõem, que não temem seus próprios desejos, correndo o risco de que estas posições os ponham à margem do mundo que os rodeia. Eu acho que essa é uma maneira de falar sobre a liberdade ", disse Sébastien.
Você sabe onde posso conseguir esse documentário? Fiquei extremamente interessado.
ResponderExcluirObrigado
Ainda não achei em lugar nenhum.
ResponderExcluir