Cientistas espanhóis dizem que estão impressionados com os resultados de uma vacina terapêutica que pode, temporariamente, ativar o sistema imunológico para lidar mais eficazmente com o vírus HIV em pacientes infectados.
A vacina, baseada em células imunes expostas ao HIV, que foi inativado pelo calor, foi testada num grupo de 36 pessoas portadoras do vírus, e os resultados foram surpreendentes.
"O que fizemos foi dar instruções ao sistema imunológico para que ele pudesse 'aprender' a destruir o vírus, o que ele não faz naturalmente". Disse Felipe Garcia, um dos cientistas da equipe do Hospital Universitário de Barcelona
A vacina, que trata a doença existente, ao invés de preveni-la, é segura e proporcionou uma queda dramática na quantidade do vírus HIV, detectado em alguns pacientes, apontou o estudo, publicado na quarta-feira na revista "Science Translational Medicine".
Antes da aplicação da vacina terapêutica, os pacientes ficaram um tempo sem receber os remédios antirretrovirais para que os pesquisadores pudessem medir a contagem do vírus em seu sangue, e comparar o "antes" e o "depois" da vacinação.
Isso pode ter dado ao vírus um fôlego extra para que ele voltasse a se multiplicar mesmo após a imunização. Em princípio, seria possível resolver isso aplicando diversas doses da "vacina de células" - uma tática que é usada no caso das vacinas convencionais. Outra possibilidade, dizem os cientistas, seria vacinar as pessoas enquanto elas ainda estão tomando os remédios.
Depois de 12 semanas de estudo, a carga viral diminuiu em mais de 90% entre 12 dos 22 pacientes que receberam a vacina. Apenas um dos 11 pacientes que receberam uma injeção de controle (placebo) teve um resultado semelhante.
A vacina perdeu a eficácia a partir da 24º semana, quando os pacientes tiveram que voltar para a terapia regular de antirretrovirais. De qualquer forma, bem melhor do que ter de continuar com o consumo perpétuo dos medicamentos, que além de caros, trazem diversos efeitos colaterais.
"Esta investigação abre o caminho para estudos adicionais com o objetivo final de conseguir uma cura funcional - o controle da replicação do HIV por longos períodos ou uma vida inteira sem tratamento antirretroviral", disseram os pesquisadores em comunicado.
"Embora ainda não seja uma cura funcional, os resultados publicados abrem a possibilidade de conseguir uma vacina terapêutica ideal, ou uma combinação de estratégias, que inclui uma vacina terapêutica, e que poderia ajudar a alcançar esse objetivo", acrescentaram.
Os pesquisadores passaram cerca de 7 anos para chegar a este ponto. Agora vão continuar seu trabalho e se concentrar no aprimoramento da vacina combinando-a com outras vacinas terapêuticas para os próximos três ou quatro anos.
ótima notícia! Acredito, como já disse o doutor Esper Kalas, uma das maiores autoridades em Aids no mundo, a cura está próxima.
ResponderExcluirBeijos,
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Amém... Este mal será logo logo controlado sem os atuais ARVs
ResponderExcluirJa passou da hora de liberarem a vacina!!! Ou vao esperar todo o mundo se contaminar, para que as industrias farmaceuticas fiquem ainda mais trilhonarias, todos morrerem e so ai liberarem a vacina????
ResponderExcluirJa é tempo, acho que ficar fazendo projeções para um futuro distante, é algo complicado,muitos milhões foram gastos nestas pesquisas, e que se houve na midia que a vacina ta saindo e não sai nunca, cada vez mais o mundo se infecta com essa doença, podendo até sair de controle nos proxímos 10 anos, ai será tarde demais.
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