EUA: Cai o número de pessoas que considera a homossexualidade um pecado

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Diminui gradualmente a porcentagem de americanos que acreditam que a homossexualidade seja um pecado. É o que revela a pesquisa realizada, em novembro do ano passado, pela "LifeWay Christian Resources", um dos maiores fornecedores de artigos para igrejas dos Estados Unidos.

As diferenças entre os resultados de novembro de 2012 e os anos anteriores são aparentes. Enquanto em setembro de 2011 o percentual de americanos que acreditavam que a homossexualidade era um pecado foi de 44%, em novembro de 2012 caiu para 37%. O crescimento, ainda que moderado, é do número dos que acreditam que o "comportamento homossexual" não é pecado, que em 2011 era de 43% em 2012 aumentou para 45%. Mais evidente é a diferença entre aqueles que dizem que não têm resposta para a questão, que correspondem a 17% dos inquiridos neste ano, em comparação com os 13% do ano passado.

Aqueles que acreditam que a homossexualidade não é um pecado tornaram-se, portanto, o grupo majoritário. No entanto, aumentou a porcentagem dos que frequentam regularmente serviços religiosos (até 61%), e entre os que se consideram evangélicos (aumento de 73%). Por outro lado, os americanos que não frequentam serviços religiosos são os que mais negam ser a homossexualidade um pecado, (71%).

Ed Stetzer, presidente da LifeWay Research, acredita que o forte apoio de Barack Obama ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, no ano passado, teve um grande impacto na mudança de opinião dos americanos: "A evolução do presidente em relação à homossexualidade, provavelmente afetou a alteração dos valores culturais. Há uma real, substantiva e surpreendentemente mudança no período de um ano."

Stetzer cita como exemplo o pastor Louie Giglio, que se recusou a participar da posse de Barack Obama após divulgar opiniões homofóbicas. "A cultura está mudando claramente em relação à homossexualidade e isso cria um novo problema: como os Estados Unidos terão de enfrentar uma opinião minoritária, mas tão fortemente defendida por evangélicos, católicos, mórmons, muçulmanos e muitos outros?", disse o pastor.

Entretanto, a pesquisa não menciona que, nos EUA existem mais e mais denominações religiosas inclusivas que aceitam a realidade LGBT naturalmente. Um exemplo significativo é o da Igreja Episcopal, o ramo americano da Comunhão Anglicana. A Catedral Nacional de Washington, um dos templos religiosos mais importantes dos Estados Unidos, já até realizou cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Enquanto isso, há ainda os que insistem em considerar a homossexualidade como um gravíssimo pecado. Em uma recente declaração ao grupo homofóbico "American Family Association" (AFA), o líder evangélico Scott Lively, culpou os homossexuais pelo dilúvio bíblico e pela proximidade do Apocalipse: "Devemos lembrar que os rabinos nos ensinaram sobre o período antes do dilúvio. O que acabou com a paciência de Deus e o fez trazer o dilúvio, foi que começaram a escrever músicas de casamento para os matrimônios homossexuais. Jesus disse que reconheceríamos o fim dos tempos, porque seria como nos dias de Noé".

Em seu livro, "A suástica rosa", Lively declara que os homossexuais foram os criadores do nazismo e os responsáveis ​​pelas atrocidades nazistas. O pastor enfrenta atualmente, nos tribunais americanos, uma acusação de incitação ao ódio, por apoiar o projeto de lei que propõe prisão perpétua para relações homossexuais em Uganda.

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