Casal gay de Uganda se casa na Suécia e agora luta contra a deportação


Lawrence Kaala e Jimmy Sswerwadda, um casal gay que fugiu das leis homofóbicas de Uganda, se casou legalmente na Suécia no dia 26 desse mês e afirmam ser o primeiro casal homossexual de Uganda a se casar legalmente.

O casamento, considerado um "evento histórico", não só para os dois, mas para toda a comunidade LGBT de Uganda, ocorreu no dia do aniversário de dois anos do assassinato de David Kato (aqui), um dos ativistas LGBT's mais famosos do país Africano.

Mas a história de vida desses dois é recheada de altos e baixos, na verdade, muito mais baixos que altos. Assim que Kaala e Sswerwadda se conheceram em Uganda, não levou muito tempo para que Sswerwadda fosse forçado, por conta da absurda perseguição sofrida pela comunidade LGBT em Uganda, a fugir para a Suécia em 2008. O casal logo perdeu contato.

A homofobia cresceu muito nos últimos tempos em Uganda, e por ter ficado, Kaala sofreu espancamentos por funcionários do governo, no local de trabalho e viu sua família virar as costas para ele. Assim como Sswewadda, Kaala foi forçado a fugir. Ele também viajou para a Suécia onde se estabeleceu. 

Kaala ficou sem saber notícias de Sswerwadda por anos. Depois de se tornar membro de um grupo de discussão LGBT, Kaala recebeu uma carta de boas vindas e Junto uma edição de uma revista do grupo. Numa incrível coincidência, Kaala viu a foto de um homem na capa que dizia: "Nunca deixei de amar", era Sswerwadda. Logo depois, em uma reunião do grupo de ativistas, o casal Africano se reencontrou em uma escadaria. Eles se beijaram. O casal reatou imediatamente e finalmente no último sábado eles se casaram.

Mas a o departamento de imigração da Suécia jogou um balde de água fria no casal. Kaala foi obrigado a voltar para Uganda, onde, é claro, sua vida está correndo perigo. Depois que a ordem de deportação foi emitida, amigos do casal começaram a batalhar para obter um asilo para Kaala. 

Agora, para que se possa evitar esse desastre, o casal conta com a ação dos amigos, de ativistas LGBT's e com a sensibilidade dos políticos suecos, como o ministro para assuntos europeus, Birgitta Ohlsson, que, inclusive, estava presente na cerimônia. 

Abaixo o vídeo de um trecho da cerimônia:

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