Ucrânia: Manifestantes LGBT's são agredidos por grupos homofóbicos


Desafiando uma ordem judicial e grupos homofóbicos, que chegaram inclusive a usar um gás "intimidador", centenas de ativistas LGBT's ucranianos saíram às ruas de Kiev, capital da Ucrânia, nesse domingo (09), para protestar contra um projeto de lei que pretende criminalizar a homossexualidade no país. Várias pessoas foram presas.

O Parlamento Ucraniano começou a examinar o projeto de lei 8711 no ano passado, mas recentemente o projeto voltou a ser analisado pelo legislativo. A proposta, semelhante a lei aprovada na Rússia, puniria qualquer pessoa que promova, produza ou distribua material de cunho homossexual, com multas e até cinco anos de prisão.

"Estamos aqui para exigir a retirada desse projeto que constitui uma violação da Constituição e da liberdade de expressão." Disse um manifestante.

Uma mulher, indignada pelo fato da marcha não ter sido autorizada, declarou: "O dia dez de dezembro é, teoricamente, o dia onde se comemoram os direitos humanos, mas aqui na Ucrânia isso não faz sentido. Aqui fazem de tudo para nos impedir de nos manifestarmos". 

A Comissão Europeia comunicou que a lei anti-gay proposta pela Ucrânia, colocará em risco a liberalização de vistos aos seus cidadãos. Vários eurodeputados tem repetidamente expressado essa preocupação e afirmado que a lei limita de forma inaceitável a liberdade de expressão e de reunião. Eles pedem à Comissão Europeia que, caso a lei 8711 seja aprovada, revejam o acordo entre a UE e a Ucrânia, que exclui os seus cidadãos da necessidade de visto para viajarem na União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Frans Timmermans, veio a público afirmar que o país irá vetar o acordo de visto caso a lei seja aprovada na Ucrânia. Na próxima semana, em Estrasburgo, o Parlamento Europeu votará uma resolução sobre esta questão.

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