Por: Julio Marinho
A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como o melhor destino gay do mundo em 2009 e 2011. Internacionalmente é considerada uma cidade inclusiva e acolhedora, mas, será que assim mesmo? Vejamos: só esse ano foram 9 assassinatos - 23 no ano passado (dados do Grupo Gay da Bahia); em dois anos, 16 gays mortos na Baixada Fluminense (esse ano, em Nova Iguaçu, foram registrados dois assassinatos em menos de cinco dias); no país que sediará a próxima Copa do Mundo de Futebol, um casal gay foi agredido por um taxista pirata no Aeroporto Tom Jobim e muitos outros casos foram destacados pela mídia.
A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como o melhor destino gay do mundo em 2009 e 2011. Internacionalmente é considerada uma cidade inclusiva e acolhedora, mas, será que assim mesmo? Vejamos: só esse ano foram 9 assassinatos - 23 no ano passado (dados do Grupo Gay da Bahia); em dois anos, 16 gays mortos na Baixada Fluminense (esse ano, em Nova Iguaçu, foram registrados dois assassinatos em menos de cinco dias); no país que sediará a próxima Copa do Mundo de Futebol, um casal gay foi agredido por um taxista pirata no Aeroporto Tom Jobim e muitos outros casos foram destacados pela mídia.
Esta semana o jornalista e colunista social, Bruno Chateaubriand, foi vítima de uma agressão verbal homofóbica e sofreu ameaça de agressão física, na lanchonete Néctar, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Bruno contou ao site G1 que estava acompanhado de André Ramos, com quem vive há 13 anos, e de outros amigos quando uma pessoa o agrediu verbalmente. "Sentei no restaurante, fiz o meu pedido e de repente comecei a ouvir: Chateaubriand viado, tem que morrer, quando sair vai apanhar muito." O jornalista disse que não respondeu às agressões. Segundo ele, um de seus amigos pegou o carro e parou em frente à porta da lanchonete para que nada acontecesse.
Bruno informou que o gerente do estabelecimento notou o ocorrido, mas que não fez nada na hora. No entanto, Chateaubriand entrou em contato por telefone e, segundo ele, a gerência do Néctar se desculpou e assumiu que não tinha zelado pelo seu bem-estar no local. "Eles pediram desculpas pelo mal-entendido", disse.
O jornalista contou que já passou por várias situações desagradáveis relacionadas ao preconceito à sua sexualidade, "mas nada assim". Ele definiu o fato como uma "experiência péssima".
Destacando que, esses casos sãos OS registrados, pois, sabemos bem que a grande maioria das vítimas nem chega a fazer qualquer tipo de denúncia. Seja por medo, vergonha, ou a certeza da impunidade dos agressores.
Diante de tudo isso podemos de fato considerar o Rio de Janeiro uma cidade "Gay Friendly"? A única resposta honesta a ser dada nesse caso é: NÃO, pois, Se até um gay, rico e famoso, é vítima de homofobia, o que dizer de nós, pobres mortais?
Não adianta querer tapar o sol com uma peneira. Homofóbicos não se importam se você é rico ou pobre, negro ou branco, homem ou mulher, jovem ou idoso, "discreto" ou "afeminado". Não, para eles basta que você seja - ou na visão deles, se pareça - um LGBT. E essa agressão sofrida pelo Bruno mostra bem isso.
Seria muito bom que os turistas LGBTs, que pretendem visitar a nossa tão "inclusiva e acolhedora" cidade, soubessem bem em que terreno estão pisando. Certamente eles estão sendo enganados pelo "canto da sereia" do turismo gay friendly. Mas não, nós não somos nada "inclusivos e acolhedores", pelo menos não para os cidadãos LGBTs, seja daqui ou de qualquer outro lugar do mundo.
Triste demais com tudo isso, homofobia atinge a tudo e a tod@s, não poupa m,ais nada nem ninguém...
ResponderExcluirVou compartilhar seu texto essencial!
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Muito obrigado mais uma vez Ricardo. Espero que as pessoas acordem e vejam que a homofobia já tomou conta do nosso cotidiano e não estou vendo nada ser feito para, pelo menos, diminuir isso.
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