Polícia iraquiana por trás de assassinatos de homossexuais


Um documentário da BBC "World Service" revelou que as agências de aplicação da lei no Iraque estão envolvidas na perseguição sistemática da comunidade LGBT no país.

Ativistas dizem que centenas de gays e lésbicas foram assassinados no Iraque nos últimos anos - com um significativo aumento da violência homofóbica desde a retirada de Saddam Hussein do poder em 2003.

Estes números são difíceis de verificar, mas a ONU confirmou que está extremamente preocupada com o que chamou de "uma campanha anti-gay mortal".

O escritório das Nações Unidas em Bagdá, revelou que o governo do Iraque está violando sistematicamente os direitos internacionais e a falta de uma reação a esses assassinatos faz do Estado um dos autores dos crimes.

Ali Hilli, fundador da Agência LGBT iraquiana, disse que: "Em vez de proteger as minorias sexuais, o governo iraquiano facilita o seu assassinato, prendendo as vítimas e as entregando às milícias para que sejam mortas."

Ativistas dizem que cerca de 90 assassinatos foram cometidos desde janeiro. Nos últimos seis anos, a estimativa é de cerca de 800 vítimas.

Fontes de trabalho LGBT iraquianas dizem que as milícias também estão recebendo informações sobre as identidades das minorias sexuais pelo próprio Ministério do Interior.

A Anistia Internacional emitiu uma nota dizendo que: "O governo do Iraque deve imediatamente investigar, e levar à justiça os responsáveis ​​pelas campanhas de intimidação e violência contra a juventude iraquiana, vista como pertencente a subcultura não conformista 'emo'."

A perseguição aos homossexuais iraquianos chegou ao ponto de um pai, ao descobrir a relação do seu filho com outro homem, matou-o com um tiro na cabeça. E tudo isso se deve à insensatez do governo iraquiano que, além de não combater o massacre dessas minorias, ainda incita e é co-autora da violência. 

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