Duas estudantes universitárias se tornaram as primeiras no país sul-americano a fazer uso da lei anti-homofobia, promulgada no dia 12 do mês passado e batizada como "Lei Zamudio", em homenagem a Daniel Zamudio, um homossexual de 24 anos, que morreu dia 27 de março vítima de homofobia. As jovens entraram com uma ação contra o Motel "Marin 014", localizado no bairro Providencia, que lhes negou acesso apenas por serem homossexuais. As estudantes estão sendo apoiadas pelo Movimento de Integração e Libertação Homossexual (MOVILH).
"Nós vivemos uma situação muito indigna e dolorosa. Eles nos fizeram sentir como se fossemos criminosas, como seres humanos de segunda classe ", disse Pamela Zapata, que entrou com uma ação de não discriminação junto com a sua parceira, Carla de la Fuente e patrocinado pelo advogado do Movilh, Alan Spencer.
"Nós vivemos uma situação muito indigna e dolorosa. Eles nos fizeram sentir como se fossemos criminosas, como seres humanos de segunda classe ", disse Pamela Zapata, que entrou com uma ação de não discriminação junto com a sua parceira, Carla de la Fuente e patrocinado pelo advogado do Movilh, Alan Spencer.
As Jovens relataram que no sábado passado chegaram ao Motel Marin 014 e desde o início receberam um tratamento discriminatório. "Fomos levadas para uma área adjacente à recepção oficial e vimos que um casal heterossexual entrava em um privado, então fomos informadas que não havia quartos. [...] Em seguida veio um segundo casal heterossexual, que também passou sem problemas. Este casal tentou dar-nos passagem, já que chagamos primeiro, mas eles disseram que não, que o casal havia chegado antes. Finalmente, um segurança veio nos dizer que era política da empresa não aceitar casais do mesmo sexo e pediu que procurássemos outro lugar. Nós nos sentimos muito mal, muito humilhadas", disse De la Fuente.
Sobre a questão o presidente do Movilh, Rolando Jiménez, disse: "essa discriminação é insólita, porque consagra uma forma de amor apenas por preconceito e ignorância. Temos recebido muitas queixas de casais que têm situações semelhantes em motéis, de modo que já exigimos que estes recintos acabem com estas práticas discriminatórias. Caso contrário, continuaremos usando a Lei Zamudio ".
Jiménez também elogiou e aplaudiu "a coragem destas jovens, que estrearam o uso da Lei Zamudio fazendo história na luta contra a discriminação. A partir de hoje a Lei Zamudio começa a operar e se põe a prova, e esperamos que os tribunais façam sua parte auxiliando as vítimas e não os agressores."
Por seu lado, o advogado Alan Spencer ressaltou que, de acordo com as disposições da Lei Zamudio, "com essa ação, nós pedimos em primeiro lugar que não haja mais discriminação no motel e também que o local receba uma multa de 50 UTM. Não há razão para negar quaisquer bens ou serviços por causa da orientação sexual dos indivíduos."
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