O Governo Federal, em iniciativa pioneira na América Latina, lança pela primeira vez dados oficiais sistematizados sobre violência homofóbica no Brasil. Tais dados são peça fundamental no enfrentamento à homofobia e às demais formas de preconceito no país, possibilitando a quantificação e visibilização da realidade de violações de direitos humanos vivida pela população LGBT.
Desde o início da década de 1980, movimentos sociais LGBT no Brasil (em inciativa pioneira do Grupo Gay da Bahia) realizam o levantamento de notícias relacionadas a homicídios cometidos contra a população LGBT no sentido de embasar estatísticas não-oficiais sobre homofobia no Brasil. Estabeleceu-se, pois, uma série histórica de dados que permite comparar, se não o número real de assassinatos de caráter homofóbico no Brasil, pelo menos o volume de notícias relacionadas a este tipo de crime na mídia brasileira.
Assim, o Grupo de Trabalho responsável por discutir a metodologia de análise dos primeiros dados oficiais sobre homofobia no Brasil - composto por acadêmicos de notório saber, representantes do Conselho Nacional LGBT e de órgãos governamentais – recomendou que se procedesse à elaboração de relatório acerca de notícias de violação de direitos humanos da população LGBT durante o ano de 2011, que permitisse não apenas a comparação com dados de anos anteriores, mas também por meio do qual se pudessem identificar se os crimes noticiados chegavam ao conhecimento do poder público, e como o faziam.
Em 2011, foram noticiadas nos principais jornais brasileiros 478 violações contra a população LGBT, envolvendo 478 vítimas e 652 suspeitos, o que aponta o caráter de crime de autoria coletiva de boa parte das LGBTfobias noticiadas. Entre as violações encontram-se 278 homicídios. Note-se também a sobreposição de violências notificadas, o que deixa entrever um desejo de destruição, por parte do agressor, não apenas da vítima como sujeito, mas daquilo que ela representa.
Estes trechos foram retirados da página onde estão catalogados todos esses dados. Para ler o restante acesse o Portal oficial da Secretaria de Direitos Humanos.
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