A campanha da companhia Google "Legalize Love", em defesa dos direitos civis dos cidadãos LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) ao redor do mundo, está gerando revolta em seus críticos. Para eles a empresa deveria preocupar-se com as violações contra direitos humanos fundamentais básicos em outros lugares.
"A Google não pode distinguir entre discriminação, tolerância e promoção. [...] Na minha opinião, seria muito melhor se a Google, com o mesmo zelo, se concentrasse nas violações de direitos humanos em muitos países da Ásia e África, onde são violados direitos humanos elementares". Declarou Maciej Zieba, padre e ativista católico.
Como eu já disse aqui, o perigo do argumento das prioridades, é que há sempre alguma coisa que qualquer pessoa pode apontar como sendo mais urgente ou mais importante. A verdade é que, todas as questões são importantes... sobretudo quando se trata de direitos que deveriam ser os mesmos para todos. Esse argumento de "prioridades" é sempre uma má desculpa para não se fazer algo. Até porque, normalmente, em relação a essas tais prioridades, também não se faz absolutamente nada.
A campanha
A princípio, a campanha terá foco em países como a Polônia - que não reconhece os matrimônios homossexuais - e Cingapura - que criminaliza os atos homossexuais -, mas a expectativa da Google é expandi-la a todos os países em que a companhia tenha um escritório. Mark Palmer-Edgecumbe, diretor do departamento de Diversidade e Inclusão da Google, justificou a escolha de Cingapura para iniciar a campanha: "O país busca se tornar um centro financeiro mundial, e nós podemos ajudá-los, já que ser um centro global significa tratar as pessoas por igual, respeitando sua orientação sexual". E completou: "Queremos que nossos empregados, que são gays, lésbicas ou transgêneros, tenham a mesma experiência fora do escritório como a que têm dentro dele".
Palmer declarou na Conferência Global de Lugares LGBTs para o trabalho, realizada em Londres, que desenvolverá iniciativas em todo mundo, como parte de seu "muito ambicioso trabalho".
No dia 8 de julho, na página de diversidade da companhia estava escrito: "A Google acredita que os direitos LGBT são direitos humanos. Estamos nos associando com organizações ao redor do mundo para despenalizar a homossexualidade e eliminar a homofobia".
Parabéns a Google por mais essa bela e importantíssima iniciativa!
E aos fundamentalistas raivosos só cabe isso mesmo, ladrar... e ladrar... e ladrar...
Uma boa notícia: A Google mantém um escritório no Brasil - salvo engano, em São Paulo - aberto praticamente junto com seu escritório original na Califórnia (há a diferença de alguns meses apenas). Então a campanha da empresa logo, logo chega por aqui.
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