Uma lésbica, que estava sendo mantida em cárcere privado pela própria família, cometeu suicídio na noite passada no Quênia.
A mulher, identificada como Joan Sandy Achieng, estava vivendo e trabalhando em Nairobi, até que seus pais descobriram sua orientação sexual.
A partir dai Joan foi obrigada a voltar para casa dos pais, foi mantida em cárcere privado e obrigada a se casar com um homem mais velho.
Segundo informações recebidas por Denis Nzioka, editor da revista LGBT "Identity Kenya", Achieng foi atacada e esfaqueada por sua namorada quando vivia em Nairobi. Quando seus pais descobriram, a levaram de volta para casa, na pequena cidade rural de Mbita Point, no oeste do Quênia, a fim de "garantir que ela ficasse sob total controle e monitoramento", disse Nzioka.
Joan foi mantida como refém na casa de seus próprios pais desde março. Os pais isolaram-na do mundo confiscando seu telefone celular e instruíram o irmão para "vigiá-la", relatou Nzioka.
Além disso, os amigos mais próximos de Joan relataram que foram perseguidos e atacados por pessoas desconhecidas, quando tentaram visitá-la em Mbita.
Segundo Nzioka, os pais "casaram" a filha com um velho amigo da família para que ele a engravidasse. Joan teria sido abusada regularmente desde então.
Três dias antes do suposto suicídio, Joan conseguiu fez uma chamada para um de seus amigos e disse que "estava suficientemente pronta para assumir a miséria que se tornara sua vida", relatou Nzioka. "Ela prometeu ligar novamente para atualizar os amigos sobre sua situação, mas, infelizmente, nunca mais houve outra chamada."
Nzioka também declarou: "De acordo com uma fonte próxima à família, Joan foi encontrada morta na casa de seus pais, no que parecia ser um suicídio. A fonte disse que irá fornecer mais informações somente após o enterro."
O caso está sendo seguido e investigado por amigos íntimos e ativistas LGBTs do Quênia.
Nzioka comentou: "O suicídio de Joan - e as outras quatro lésbicas - para nós é preocupante por dois motivos: Um, há padrões semelhantes nestes casos, já que as vítimas eram forçadas, coagidas a se casarem por qualquer um dos pais ou familiares mais próximos, para 'transformá-las em héteros'. O que é muito preocupante, pois, mostra que para os pais ou parentes, assumir o casamento com alguém do sexo oposto é a resposta para a homossexualidade, só que não é. O nível de infelicidade, miséria e tristeza que a pessoa enfrenta em tais acordos é enorme. E o suicídio, infelizmente, para eles é visto como a única opção. Quantos ainda morrerão antes que se tome alguma providência?"
"Em segundo lugar, essa tendência mostra que não há apoio familiar para filhos e filhas LGBTs. Além disso, forçar mulheres a se casarem é um ato arcaico, draconiano, seja por diversidade cultural, política, religiosa ou, no nosso caso, sexual. Nenhuma mulher deve ser forçada a algo contra a sua vontade. Nos últimos meses temos violações em forma de violência, assassinatos, assédio e casamentos forçados. A homofobia é ainda muito difundida no Quênia, e muito poucas pessoas estão dispostas a sair e conversar sobre o assunto."
"Estamos trabalhando duro para mudar isso, existem planos para iniciar campanhas anti-ódio para sensibilizar os quenianos a serem mais tolerantes e receptivos em relação aos cidadãos LGBTs."
A homossexualidade ainda é ilegal no Quênia, atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são puníveis com pena de cinco a 14 anos de prisão.
A mulher, identificada como Joan Sandy Achieng, estava vivendo e trabalhando em Nairobi, até que seus pais descobriram sua orientação sexual.
A partir dai Joan foi obrigada a voltar para casa dos pais, foi mantida em cárcere privado e obrigada a se casar com um homem mais velho.
Segundo informações recebidas por Denis Nzioka, editor da revista LGBT "Identity Kenya", Achieng foi atacada e esfaqueada por sua namorada quando vivia em Nairobi. Quando seus pais descobriram, a levaram de volta para casa, na pequena cidade rural de Mbita Point, no oeste do Quênia, a fim de "garantir que ela ficasse sob total controle e monitoramento", disse Nzioka.
Joan foi mantida como refém na casa de seus próprios pais desde março. Os pais isolaram-na do mundo confiscando seu telefone celular e instruíram o irmão para "vigiá-la", relatou Nzioka.
Além disso, os amigos mais próximos de Joan relataram que foram perseguidos e atacados por pessoas desconhecidas, quando tentaram visitá-la em Mbita.
Segundo Nzioka, os pais "casaram" a filha com um velho amigo da família para que ele a engravidasse. Joan teria sido abusada regularmente desde então.
Três dias antes do suposto suicídio, Joan conseguiu fez uma chamada para um de seus amigos e disse que "estava suficientemente pronta para assumir a miséria que se tornara sua vida", relatou Nzioka. "Ela prometeu ligar novamente para atualizar os amigos sobre sua situação, mas, infelizmente, nunca mais houve outra chamada."
Nzioka também declarou: "De acordo com uma fonte próxima à família, Joan foi encontrada morta na casa de seus pais, no que parecia ser um suicídio. A fonte disse que irá fornecer mais informações somente após o enterro."
O caso está sendo seguido e investigado por amigos íntimos e ativistas LGBTs do Quênia.
Nzioka comentou: "O suicídio de Joan - e as outras quatro lésbicas - para nós é preocupante por dois motivos: Um, há padrões semelhantes nestes casos, já que as vítimas eram forçadas, coagidas a se casarem por qualquer um dos pais ou familiares mais próximos, para 'transformá-las em héteros'. O que é muito preocupante, pois, mostra que para os pais ou parentes, assumir o casamento com alguém do sexo oposto é a resposta para a homossexualidade, só que não é. O nível de infelicidade, miséria e tristeza que a pessoa enfrenta em tais acordos é enorme. E o suicídio, infelizmente, para eles é visto como a única opção. Quantos ainda morrerão antes que se tome alguma providência?"
"Em segundo lugar, essa tendência mostra que não há apoio familiar para filhos e filhas LGBTs. Além disso, forçar mulheres a se casarem é um ato arcaico, draconiano, seja por diversidade cultural, política, religiosa ou, no nosso caso, sexual. Nenhuma mulher deve ser forçada a algo contra a sua vontade. Nos últimos meses temos violações em forma de violência, assassinatos, assédio e casamentos forçados. A homofobia é ainda muito difundida no Quênia, e muito poucas pessoas estão dispostas a sair e conversar sobre o assunto."
"Estamos trabalhando duro para mudar isso, existem planos para iniciar campanhas anti-ódio para sensibilizar os quenianos a serem mais tolerantes e receptivos em relação aos cidadãos LGBTs."
A homossexualidade ainda é ilegal no Quênia, atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são puníveis com pena de cinco a 14 anos de prisão.
Que horror!
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