Mais de 30 pessoas foram presas neste domingo (27/05) no centro de Moscou durante a sexta tentativa de se realizar uma parada gay na cidade.
Segundo o grupo "Gay Rússia", grupos de direita e religiosos entraram em choque para impedir que os ativistas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), que estavam reunidos em frente ao muro do Kremlin e da câmara municipal, protestassem contra a lei anti-propaganda gay, aprovada em março deste ano em Moscou. A lei proíbe, em toda a cidade, a publicidade de temas e artigos relacionados a homossexualidade. A lei já entrou em vigor em outras cinco regiões da Rússia.
Segundo o grupo "Gay Rússia", grupos de direita e religiosos entraram em choque para impedir que os ativistas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), que estavam reunidos em frente ao muro do Kremlin e da câmara municipal, protestassem contra a lei anti-propaganda gay, aprovada em março deste ano em Moscou. A lei proíbe, em toda a cidade, a publicidade de temas e artigos relacionados a homossexualidade. A lei já entrou em vigor em outras cinco regiões da Rússia.
Um total de 18 ativistas gays e 14 ativistas anti-gays foram presos, segundo a polícia de Moscou. Membros da Igreja Ortodoxa Rússa e ativistas gays foram liberados em seguida, incluindo o principal líder do movimento LGBT da Rússia, e organizador do evento, Nikolai Alekseyev. Alguns membros da Igreja Ortodoxa chegaram a exibir cartazes provocativos com frases como: "Moscou não é Sodoma". Além das agressões físicas, alguns militantes disseram ter recebido diversas ofensas morais e alguns deles foram feridos por armas não letais.
Segundo porta-voz da polícia, o grupo não tinha permissão para se reunir publicamente. As autoridades de Moscou negam, desde 2006, autorização para a realização da parada gay, mesmo assim alguns poucos ativistas - geralmente não mais do que 20 - se reúnem na praça Manej, ao lado do Kremlin, e caminham até a Duma, a câmara baixa da Assembleia Federal da Rússia. A cena se repete todos os anos e o desfecho é sempre o mesmo.
Pesquisa realizada em julho de 2010 pelo Centro para Pesquisa de Opinião Pública da Rússia revelou que 74% dos russos acreditam que gays e lésbicas têm um desvio moral ou um problema mental. Dos entrevistados, 39% acreditam que os homossexuais devem ser tratados à força, para que mudem a sua orientação sexual, e 24% acreditam que devem ser enviados a psicólogos.
Quando o assunto é a igualdade de direitos, as respostas são menos negativas. 45% dos russos acreditam que gays e lésbicas devem ter os mesmos direitos dos cidadãos heterossexuais. No entanto, apenas 14% apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quase a totalidade dos entrevistados – 84% dos russos – é contrário à parada do orgulho LGBT.
Fico admirado com os militantes russos. Parabéns a todos!
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