Jornalista e ativista LGBT assassinado em Honduras

O corpo de Erick Alexander Martínez Ávila, jornalista de 32 anos e defensor dos direitos humanos, apareceu dentro de um esgoto. O corpo apresentava sinais de estrangulamento e de choques. Moradores do município de Guasculile, em Honduras, encontraram o corpo do jornalista no dia 07 desse mês.

Erick era membro da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), do Partido Liberal e porta-voz da Associação Kukulcan. Após a chegada dos peritos, os restos mortais, ainda sem identificação, foram transferidos para outra cidade.

Companheiros da FNRP estavam aguardando Erick para uma reunião, mas ao ver que ele não chegava começaram a se preocupar. E tinham motivos para isso, já que os altos níveis de violência contra a comunidade LGBT em Honduras são alarmantes. Partiram para procurá-lo e encontraram o corpo do seu amigo no necrotério.

Os membros da FNRP descreveram o crime como um assassinato político. "Advertimos que apesar da dor que nos embarga pela perda física de nosso camarada, não desistiremos de nossa luta e da de Erick, pela construção de uma sociedade justa, diversa, laica e respeitosa dos direitos humanos”, disseram os manifestantes, em comunicado.

O jornalista Carlos Roberto Zelaya, membro em Honduras da Organização Profissionais Latino-americanos Contra o Abuso de Poder (PLcAP), repudiou o crime e condenou a violência contra profissionais de imprensa pelo poder público no país.

Repórteres Sem Fronteira apelaram para a justiça deste caso e apontaram "o caso de um outro jornalista e ativista gay, Walter Trochez, cujo assassinato em dezembro de 2009, permanece até hoje sem solução. "Esta nova vítima, não só diz respeito aos jornalistas, mas também a todos os cidadãos comprometidos com a defesa das liberdades fundamentais". Completaram.

Desde a posse do presidente Porfírio Lobo em 2010, subiu para 21 o número de assassinatos de jornalistas em Honduras. 

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