Especialista defende relação entre homofobia e mau desempenho escolar

O coordenador-adjunto do Projeto Diversidade Sexual na Escola da Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ, Alexandre Bortolini, disse há pouco que escolas onde há maior incidência de práticas homofóbicas tendem a ter piores resultados. Segundo ele, uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe-USP), em parceria com o Ministério da Educação, mostrou que há uma relação direta entre a homofobia no ambiente escolar e o resultado na Prova Brasil. "O estudo revelou altos índices de discriminação em todas as escolas, em todas as séries. Isso ia diminuindo à medida que evoluía as séries. Não estamos falando só de algo que tem a ver com relações interpessoais, mas que prejudica o desempenho de todos na escola", afirmou.

Bortolini ressaltou que não há uma receita pronta para trabalhar a sexualidade e a questão de gênero dentro da escola. Na opinião dele, esses assuntos precisam ser descobertos ao longo do tempo. Ele destacou também que muitos professores acabam reproduzindo no dia a dia escolar práticas preconceituosas.

O coordenador participa neste momento do 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), promovido pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Educação e Cultura.
O evento ocorre no Plenário 9.

Fonte: Agência Câmara

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