Centro Cultural da diversidade sexual

Ótima notícia: Um Centro Cultural para estudos e em memória da Diversidade Sexual será construído no Estado de São Paulo. O Centro será erguido na praça da República, região central paulistana e um dos cartões-postais gays de São Paulo, e deverá ficar pronto em 2013.

O Centro tem como objetivo resgatar memórias, ser referência para quem busca auxílio e expor peças que remontem a história do movimento por um viés cultural.

Com a construção do Centro, São Paulo irá se tornar a terceira grande metrópole do mundo a ter um projeto semelhante. Hoje, somente São Francisco, nos Estados Unidos, e Berlim, na Alemanha, têm projetos parecidos.

A Secretaria Estadual da Cultura firmou parceria com o Metrô para a construção do Centro na estação República, numa área com total de 150 m².

O local já foi palco de acontecimentos históricos, como o assassinato do homossexual Edson Neris, que morreu em 2000 depois de ter sido espancado barbaramente com chutes e golpes de soco-inglês. O rapaz acabou falecendo no hospital em decorrência das várias hemorragias internas. Além disso, vários eventos de celebração da população LGBT já aconteceram na área, por onde passam diariamente cerca de 4,6 milhões de pessoas, o que deve ampliar e muito a visibilidade do museu.

Franco Reinaudo, coordenador geral da Cads (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual), adianta que a primeira ação dos organizadores de todo o acervo deve acontecer no mês que vem, próximo à 16ª edição da Parada Gay. "Será uma exposição de estampas e camisetas", antecipa.

No momento, a Secretaria da Cultura está fazendo um mapeamento de tudo que existe para compor o acervo. Serão gravados depoimentos de homossexuais que se assumiram há décadas, tais como a drag queen Kaka Dipoli, que se jogou no chão da avenida Paulista durante a primeira Parada Gay de São Paulo, em 1997, e Celso Curi, uma das primeiras personalidades a se assumirem gay em plena ditadura militar.

"Há 20 anos se assumir gay ou lésbica era praticamente impossível, quanto mais lutar pelos nossos direitos", conta Heloísa Gama Alves, da Secretaria da Justiça. "O centro cultural fará a população refletir e conhecer as dificuldades do movimento."

Os organizadores avisam: não faltarão irreverência e homenagens aos ícones gays.

Comentários

  1. Até que enfim, alguém que não chama o Centro Cultural de "Museu gay", parabéns!

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