Padre condena campanha contra bullying homofóbico

O padre português, Gonçalo Portocarrero de Almada, publicou um artigo em março passado, condenando uma campanha contra o bullying homofóbico, lançada em 2010 pela associação de jovens LGBT "Rede Ex Aequo", uma associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e simpatizantes, que luta por mudanças nas mentalidades em relação às questões da orientação sexual e identidade de gênero, alegando que, na verdade a iniciativa busca "promover a homossexualidade entre os jovens". O artigo foi publicado na edição impressa "A Voz da Verdade", uma publicação semanal do "Patriarcado de Lisboa".

No artigo o padre fez duras críticas a campanha contra o bullying homofóbico, que jovens LGBTs sofrem em muitas escolas e institutos do país europeu. O sacerdote declarou que, "as instituições que promovem essa campanha têm um objetivo claro: Promover a homossexualidade entre os adolescentes sob uma aparência de normalidade [...] que a ciência não confirmar".

O sacerdote acusa a campanha contra o assédio homofóbico, de dar visibilidade aos jovens LGBTs, dizendo: "Por que eles têm de chamar a atenção para as diferenças? E, se não são iguais, porquê aparentar que o são? Uma coisa é um projeto louvável a inclusão das minorias étnicas, culturais e religiosas, mas outra bem diferente de tolerar certos 'comportamentos'."

O padre também condenou o apoio financeiro dado pelas autoridades locais para a realização da campanha contra o bullying nas salas de aula, argumentando ser "uma perda de dinheiro pelo Estado", e que o governo está financiando "interesses minoritários claramente ideológicos" .

Portocarrero disse também, que a campanha "não é aceitável em nossas escolas", alegando que a recusa em condenar as relações homossexuais é "rejeitar a ética natural".

Gonçalo Portocarrero de Almada exerce funções de capelão em Lisboa e em Estoril, e é vice-presidente da direção da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF). Em Abril de 2010, em uma entrevista, o padre ao ser questionado se alguma vez tinha denunciado algum caso de padres pedófilos às autoridades eclesiásticas, teria dito: "Denunciar é um termo que não faz parte do meu dicionário e, como padre, a minha missão não é acusar o culpado, mas perdoar o arrependido".

Sim, são pessoas como esse padre que se dizem defensores dos "valores familiares". As mesmas que se julgam no direito de determinar o que é certo e errado em nossas vidas. É por conta desse tipo de "ética moral", que milhares de jovens sofrem diariamente com o buylling homofóbico nas escolas do mundo todo.

De uma coisa eu sei, Dilma deve ser fã desse padre!

Comentários

  1. Mais um cristao fundamentalísta
    a disseminar ódio contra LGBTs
    e piegasmente tenta inverter a
    segregaçao que promove acusando
    os que buscam soluçoes contra
    a homofobia e transfobia.
    Cristaos intolerantes e que
    fazem incitaçao publica de
    ódio por orientaçao sexual e
    identidade de gênero tem que
    ser julgados como os nazístas
    e facístas da segunda guerra
    mundial por seus atos contra
    a humanidade !

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  2. Todos nós devemos rezar para ele se livrar desse ódio e ter compreensão

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