Nicolas Sarkozy Reitera oposição ao casamento gay

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse na terça-feira que, se reeleito, não iria apoiar a reforma de uma lei de parceria para permitir o casamento igualitário. Sarkozy, de 57 anos de idade, fez seus comentários durante uma entrevista no interior da França. "Para mim, uma família é um pai e uma mãe, não dois pais ou duas mães", disse Sarkozy.

Ele repetiu sua afirmação de que, "ter um filho... requer um homem e uma mulher", mas acrescentou que isso não significa que um casal gay não possa educar uma criança adequadamente.

Sarkozy também insistiu que "odeia a homofobia.", e lembrou que em fevereiro, o deputado Christian Vaneste foi excluído de seu partido por vários pronunciamentos contra os homossexuais, e em particular por ter negado que houve deportações no tempo dos nazistas.
Em janeiro, funcionários do governo negaram informações de que o presidente estava se preparando para incluir o casamento igualitário em sua plataforma de reeleição. Sarkozy "não mudará sua opinião, ele não é favorável ao casamento gay," twittou Valérie Pécresse, porta-voz socialista do governo.

A França concedeu em 1999 a casais de gays e lésbicas, uma forma de parceria doméstica. A lei oferece proteções significativamente menores do que de um casamento civil, como por exemplo, a adoção conjunta de crianças.

Durante a corrida presidencial de 2007, Sarkozy prometeu uma reforma na atual legislação, para aproximá-la do modelo de parceria civil do Reino Unido. No entanto, a lei não mudou.

François Hollande, candidato presidencial do Partido Socialista, apoia a legalização do casamento civil e a adoção por casais homossexuais.

O primeiro turno das eleições francesas será no próximo domingo, a segunda em 6 de maio.

Comentários