Após 12 dias de muita angústia e dor, parentes e amigos encontram os corpos de Márcio Lira Silva e seu companheiro Eduardo, os mesmos que se encontravam desaparecidos desde o dia 28 de Março.
Segundo informações de amigos, na manhã do dia 28/03. Ultimo dia em que as vitimas foram vistas com vida, o casal estava bastante animado e de partida para uma viagem de férias.
Apos alguns dias, foi sentida a ausência de notícias sobre os dois(Márcio e Leandro), pois os mesmos não tinham em momento algum entrado em contato com parentes e amigos, para passar informações sobre a chegada ao destino de sua viagem, a partir daí começaram as buscas por parte de todos.
Na certeza de obter maiores informações, sobre o possível desaparecimento das vítimas, amigos se dirigiram para a casa onde residiam, e lá observou se que a residência não possuía sinais de arrombamento, uma janela estaria aberta e nenhum objeto teria sumido (no mínimo um fato estranho).
Na manhã do dia 09/04 amigo e familiares identificaram os corpos no IML, os mesmos já se encontravam em estado gravíssimo de decomposição, olhos foram furados, dedos arrancados e com muitos sinais de tortura por todo o corpo de ambas as vitimas.
Segundo a direção do IML os corpos foram encontrados durante o feriado santo, nas proximidades da cidade de Rio Largo região metropolitana de Alagoas.
Nildo Correia – Presidente do Grupo Gay de Alagoas – GGAL, diz que este é mais um caso problemático para a entidade acompanhar e as autoridades policiais solucionarem, sabemos muito bem que a violência em nosso país a cada dia cresce, que Alagoas é um dos estados pioneiros em violência, mas a entidade não baixará a cabeça para a violência e pressionaremos as autoridades, para que esses crimes não caiam no esquecimento, pois a omissão é um dos maiores fatores para o crescimento dos mesmos.
Correia informou que a mais de 2 meses a Secretaria de Defesa Social do Estado, que tem a frente o Dr. Dário César, tenta implantar o GT de Segurança Publica, infelizmente segundo a assessoria do secretário, a mais de 1 mês solícita do Tribunal de Justiça a indicação do nome de seu respectivo representante(pois este é o único entrave), para que o GT saia do papel.
Para Dino Alves, militante LGBT e Assessor Técnico da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, a impunidade só contribui com a homofobia, a Drª Katia Born vem trabalhando duro para tirar do papel tudo oque até o presente momento não foi feito, ao mesmo tempo em que vê a necessidade de se implantar as medidas emergênciais solicitadas pelo movimento LGBT, a pedido do Grupo Gay de Alagoas a um mês atrás.
Não podemos e nem vamos cruzar os braços esperando que o Governo Federal venha ou não implantar o Programa Escola Sem Homofobia entre outras ações, pois gay não é rato, que se tem seus corpos encontrados no lixo e não se toma uma providencia – disse Alves.
Pois é, mais dois para as estatísticas... viramos número, nossas vidas não são sentidas...
ResponderExcluirRicardo Rocha Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Eu não sei qual o pior: Se sair do "armário" e viver com medo,ou ficar nele e não poder ter uma vida "normal".
ResponderExcluirAté onde vamos ter que sofrer com problemas de fácil resolução?!
É simples deixar a vida e a felicidade dos outros em paz.