Recebido por e-mail de: (Missão LGBT)
Porque tanta homofobia no contexto evangélico brasileiro?
O
principal objetivo desse manifesto é se focalizar na homofobia dentro do
contexto evangélico brasileiro dos últimos anos. Apesar de reconhecer a
importância de se falar também na homofobia dentro do contexto da Igreja Católica.
Mas os principais motivos para não entrar nesse assunto agora é que a própria essência
da teologia católica a respeito da sexualidade está estagnada no tempo a “mil
anos”! Então, como iniciar um diálogo sensato sobre a homossexualidade com uma
teologia que considera o sexo exclusivamente para a reprodução, proíbe a utilização
de camisinha aos seus fiéis, não aceita o divórcio e exalta o celibato como
ápice da piedade e santidade?
Por outro lado, a teologia protestante ou evangélica, apresenta-se
“um pouco” mais aberta à discussão. Nela há possibilidade de questionamento,
apesar de pouca. Esse é um dos motivos pelo qual restringi a falar especificamente
da teologia e igreja evangélica. Não só por isso, mas principalmente porque me
sinto mais a vontade, sendo cristão evangélico, estudioso da Palavra e ter
minha formação em teologia em um seminário batista; O tema da homofobia me
convocou especialmente por ser gay e conviver com bullying’s e violências homofóbicas
diariamente há anos. Além disso, a pesquisa feita na USP, pela Fundação Perseu Abramo e coordenada pelo professor Gustavo
Venturi em 2009, mostra que os evangélicos são os religiosos mais
homofóbicos no Brasil. Entre os religiosos que têm tendência
a comportamentos homofóbicos, os evangélicos lideram o ranking com 31%, contra
24% dos católicos, 15% dos praticantes do candomblé e 10% dos kardecistas.
Diante de tal violência em nome de Deus, resolvi
abordar os dois temas ao mesmo tempo: homofobia e a igreja evangélica, ou como
prefiro chamar: “homofobia cristã evangélica”, que atinge não só os gays cristãos,
mas à sociedade em geral.
Resolvi
utilizar esse termo especificamente, porque acho mais apropriado, uma vez que
se verifica entre os religiosos, uma particularidade na homofobia. Poderia se
dizer que homofobia cristã evangélica nada mais é que a utilização de
interpretações literais da Bíblia por grupos fundamentalistas evangélicos para impor
o seu estilo de vida religioso à toda sociedade civil brasileira. Ou seja,
alguns líderes oportunistas querem impor à sociedade um jugo que nem os
próprios cristãos conseguem carregar, como os próprios fariseus e religiosos
faziam nos tempos de Jesus, e que Jesus combatia veemente.
Me
espanto sempre com a homofobia no Brasil a cada vez que vejo e revejo reportagens
e noticias sobre violências contra homossexuais na mídia, quando ouço muito
mais fatos através de amigos, quando fico sabendo que o Brasil é o país que
mais mata gays no mundo e principalmente quando eu mesmo sofro “na pele” com o
preconceito. Preconceito que nos atos mais sutis de sua manifestação, são por
vezes os mais dolorosos: são aqueles que quando pessoas especiais de repente mudam
completamente sua relação com você pelo simples fato de tomar conhecimento de sua
orientação sexual, o que ocorre principalmente entre os “irmãos” evangélicos.
Como
ultimamente tem crescido o avanço do ódio e a luta contra os direitos das
pessoas lgbtts, tendo como carro chefe a bancada de religiosos na política e
pastores midiáticos vendedores de bugigangas milagrosas, decidi escrever esse
artigo, até mesmo como estratégia de desabafo, o que na psicanálise poderia ser
chamado de sublimação.
Não
são raras as vezes que me deparo meditando e buscando entender: Porque tanta
homofobia no meio evangélico? Eu realmente questiono isso porque quando eu leio
os evangelhos, os ensinamento de Cristo e vejo seu exemplo, me esforço para ser
um discípulo Seu. E como um discípulo dele, eu procuro sempre me olhar com
atenção para os excluídos e com os que sofrem, assim como aprendi com o Mestre através
das Escrituras e do meu relacionamento pessoal com ele. A parábola do Bom
Samaritano apresentada por Jesus, é a que mais descortina a situação de desamor
que vivemos hoje com a Igreja de Cristo em relação aos gays no Brasil. Como na
parábola, os sacerdotes e levitas passam de largo ao ouvir os gritos dos gays
quando precisam, e mais do que isso, os acarretam com mais sofrimentos. Então
aparece outro em cena, o Bom Samaritano, alguém que não era considerado pelos religiosos
como um bom religioso, e ele ajuda o ferido, necessitado e injustiçado, sendo
este Samaritano, figura de alguém que ama o seu próximo, ao contrário dos
sacerdotes e levita ocupados com suas próprias mesquinharias.
O
discurso evangélico sobre os gays não muda, é sempre a mesma hipocrisia
velada:
Amamos os gays, MAS não aceitamos a prática do homossexualismo – termo
médico referente
à doença já abolido pela medicina e usado ainda pelos “fariseus”.
Continuam
dizendo: “Amamos os gays, assim como também amamos os assassinos, os
ladrões,
os estupradores, os pedófilos, etc. Desculpe, o dito amor está muito
distante
de ser verdadeiro, ao comparar com criminosos: é como se fosse um amor
de
segunda classe: “com um amor amo minha mãe, família, igreja e amigos,
com outro
amo os assassinos, ladrões, pedófilos e gays”. Enquanto afirmam: “amamos
os
gays”, pastores midiáticos famosos conclamam multidões para “baixar o
porrete
em cima dos gays, para esses caras aprender” (Sr Silas Maldafala) em
plena rede
de TV nacional. Enquanto dizem: “amamos os gays, dizem que tem o direito
de xingá-los de bichas, veados, imorais, promíscuos, pedófilos,
aliciadores de
menores, traficantes e de bater nos gays ou até matar sem receber pena
aumentada por discriminação. Tais “evangélicos” dizem que amam, mas usam
o ódio
contra os homossexuais como pretexto (evangélico vota em evangélico)
para
eleger candidatos a fim de evitar que um grupo tenha direito de ter seus
direitos de cidadão assegurados no seu país.
Diante
de tantos motivos para indignar qualquer “pessoa de bem” desse país contra essa
“igreja” “amorosa”, tentei elencar alguns fatores sociais que talvez pudessem
explicar porque o Brasil, mesmo sendo considerado o país mais cristão do mundo,
o país é campeão em matar gays e lgbtt no mundo; à frente inclusive dos países
muçulmanos que tem leis para matar gays e mulheres em praça publica. Não só
isso, mas por que o ódio e a violência na população brasileira contra os gays e
lgbtts, não tem diminuído, mesmo com a ascensão econômica dos últimos anos, a
qual colocou o Brasil em 6° lugar no ranking dos países mais ricos do mundo?
Primeiro
faz-se necessário lembrar que historicamente o Brasil é um país de tradição
católica, desde a sua colonização. Fato que poderia nos indicar uma forte
tendência moral e ética religiosa no povo, mas sabemos que não é assim. Pois
por mais que o Brasil seja o maior país católico do mundo, a corrupção, a
prostituição, a pobreza e outras mazelas sociais ainda estão presentes no país.
Dentro
desse contexto, nasce outro fenômeno religioso no país: o surgimento do
movimento protestante. Que poderia se dividir em três grupos, em três tempos
distintos. Inicialmente vê-se o protestantismo das igrejas históricas com
presença maciça de missionários vindos do exterior. Depois o crescimento espantoso
dos pentecostais, principalmente nas classes mais baixas, e por último, o
surgimento dos neopentecostais nos últimos 30 anos, com as mega-churchs que
arrastam as massas através da mídia.
Segundo
estimativas do IBGE com a Fundação Getulio Vargas, até 2009 a população evangélica
no Brasil era de 20,2 %. Estimativas da SEPAL (Superintendência de
Evangelização para a America Latina) afirma um numero maior: um pouco mais de
30%. A estimativa de crescimento da fé evangélica é de 50% para a próxima década.
A maioria dessa população são novos membros advindos do catolicismo, que aderem
à nova religião por promessas melhores que as da religião anterior: ao invés de
vida humilde na terra e um gozo na eternidade pregado pelos católicos em suas
missas de tom fúnebre, os evangélicos, em seus “shows de fé” inundados pela
teologia da prosperidade, pregam a sedutora teologia da prosperidade, com
promessas de uma vida de gozo, dinheiro e felicidade na terra, onde a
eternidade encontra pouco espaço ou nenhum para ser pregado.
Tendo
em vista o crescimento dos evangélicos e ao mesmo tempo do retrocesso nas
conquistas para garantia de direitos aos homossexuais, encontro alguns fatores
pelo qual considero que favorece a homofobia cristã evangélica de crescer: O
primeiro fator que favorece a homofobia cristã evangélica é que em seus cultos,
o principal a ser anunciado não são os valores. O que mais é destacado são as “conquistas”,
os “milagres”, as “bênçãos”, os carros e casas novos, as “curas”, e na grande
maioria das vezes não se vêem ser pregados valores como amor, bondade,
tolerância, misericórdia, altruísmo, justiça. Um dos motivos para isso é que para
receber as “bênçãos” de Deus, o fiel não precisa atentar para seu comportamento
ético, precisa apenas dar seu dízimo sagrado, entregar ofertas com altos financeiros,
como por exemplo, o valor do aluguel de sua casa, e comprar livros e CDs de
pastores “ungidos” que passam em qualquer operadora de cartão de crédito,
inclusive os cartões gospel’s e das “igrejas” com selo Visa e Mastercad.
Além
de não se pregar ensinos que valorizam o ser humano, um segundo fator constatado
por pesquisas, que poderia explicar a intolerância e violência por parte de
evangélicos contra os gays é que os evangélicos fazem parte em sua maioria de
outro grupo onde ocorre maior numero de atitudes preconceituosas contra lgbtts:
o grupo que apresenta menor índice de escolaridade. Esses foram os resultados
encontrados na pesquisa realidade pela Fundação
Perseu Abramo, coordenada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi, que intrevistou 2000
pessoas em todo Brasil em mais de 150 cidades. A pesquisa mostrou que quanto
mais anos de estudo, menos homofobia, ou seja, enquanto entre os que nunca
frequentaram a escola o índice de homofóbicos é 52%, no nível superior é apenas
10%.
É
triste constatar que a união de religiões fundamentalistas que interpretam
livros sagrados de maneira literal (“ao pé da letra”) junto com uma população
com poucos recursos educacionais forma a simbiose perfeita para a proliferação
da homofobia e de atrocidades feitas em nome de Deus. É muito comum você entrar
em uma igreja evangélica e ouvir um sermão com interpretações distorcidas, baseadas
em textos isolados, sem contextualização do texto lido e bom uso da teologia e
hermenêutica – ciência de interpretação bíblica – além de uso de traduções
errôneas de palavras bíblicas dos originais como a NVI e Bíblia na Linguagem de
Hoje.
Essa
constatação poderia levarmos nos levar à hipótese de que os evangélicos
estariam apenas reproduzindo as opiniões preconceituosas e o senso comum já
circulante em seu próprio meio social.
Todavia,
não podemos associar que essas mazelas sociais promovem a homofobia. Mas constatamos
que essa doença chamada homofobia alimenta-se de pouca educação, e pouco acesso
à cultura, da mesma forma que gripes e infecções acometem mais facilmente
pessoas fragilizadas por acesso restrito a recursos sanitários, má alimentação
e hábitos de higiene negligentes.
O terceiro fator que propaga a homofobia cristã
evangélica, e que talvez seja o mais influente: São os pastores midiáticos
(oportunistas) e as bancadas religiosas no Senado e no Congresso, os quais
oferecem um banquete de acusações como os de “fariseus aos pecadores",
cozido no molho do sangue das vítimas lgbtt’s brasileiras. Estes fazem uso das
televisões e das rádios de concessão pública, para arrebanhar milhões de fiéis
em concentrações religiosas, verdadeiros currais eleitoreiros, recolher ofertas
altíssimas, vender milhares de cds, livros, Bíblias com estudos e toda
quinquilharia gospel comerciável possível com preços abusivos. Se usar de má fé
ao pregar uma teologia da prosperidade que abusa do bolso e da mente das
pessoas já não bastasse, tais líderes religiosos se lançam na mídia como heróis
e protetores da igreja evangélica brasileira. Se intitulam bispos, apóstolos,
anciãos, pastores presidentes, encarregados de protegerem a igreja das
contaminações do mundo e do diabo.
O que
na verdade os tais líderes religiosos televisivos fazem não é pregar o
evangelho à todos, mas sim, elegerem seus candidatos "ungidos" e
"honestos" na maioria das vezes pop stars Pastores e Cantores e
controlar rigorosamente os votos do curral evangélico para fazer politicagem
suja com trocas de favores ilícitos e assim restringir o direito da maioria dos
cidadãos brasileiros de poderem seguir a orientação sexual que sentirem
vontade.
Esses
pastores da morte, concentram seus esforços para barrar todo e qualquer tipo de
projeto de lei que tente assegurar o casamento igualitário para gays, a saúde
(campanha contra a AIDS para a população lgbtt) a vida, PLC 122 que pune crimes
de violência física e moral por motivação de ódio contra homossexuais – a qual foi apelidada maldosamente de mordaça
gay pelo Sr. Silas Maldafala, barram o ensino à tolerância à diversidade de
orientação sexual nas escolas (apelidado de kit gay) além de incentivar
publicamente ao ódio contra lgbtts ao rotular essa população como imorais e
classificá-la ao lado de ladrões, prostitutas, pedófilos, pederastas, zoófilos,
traficantes entre outras coisas, quando não conclama os povo a “baixar o
porrete em cima dos gays” (Sr. Silas Maldafala).
Dessa
forma, tais líderes com super poderes (poderes políticos e religiosos) querem
impor uma verdadeira ditadura aos que não professam qualquer identificação com
seus pensamentos mesquinhos, desumanos e preconceituosos. Não respeitam a
laicidade do Estado e os direitos dos que não são evangélicos. Eles querem que
todos sejam heterossexuais, para irem todos para o céu, mesmo que a maioria da
população não queira ser evangélica, ou ir para um céu preconceituoso, onde não
entra quem não é evangélico. Fica de fora até mesmo alguns evangélicos, se eles
forem gays, lesbicas, transexuais ou transgênero.
Esses
líderes, que exercem uma liderança marcadamente autoritária, não abrem espaço
para o diálogo para os cristãos que não concordam com a teologia da homofobia
cristã evangélico, mas impõe seu pensamento com mão de ferro, excluindo
qualquer um de sua comunidade ou do paraíso futuro que questione o fator que
parece ter sido transformado no fator principal que diferencia quem é evangélico
de quem não é: o fato de aceitar ou não que ser gay é abominação e digno de
toda rogação de praga, pedra e condenação, tanto nessa vida quanto na futura.
Fazendo isso, julgam como se juízes fossem.
Além disso, ao querer proibir a união estável entre pessoas do mesmo sexo e do casamento civil e outras leis que protegem os direitos constitucionais dos LGBT's brasileiros, suas ações anti-democráticas tem objetivo de obrigar LGBT's a viverem na heteronormatividade, tirando assim o livre arbítrio das pessoas, algo que nem o próprio Deus não faz. Essas ações parecem revelar as mesmas intenções da Antiga Santa Inquisição Católica: quem não "engole cegamente toda a verdade cristã católica, é perseguido, morto, e o mais importante: tem seus bens materiais roubados pela Linda Igreja". Essa nova versão da Inquisição, poder-se-ia muito bem ser batizada de "Nova Inquisição Evangélica". Dessa vez, implantada não por papas medievais, mas pela "moderna" "bancada evangélica", que querem se utilizar dos recursos do Estado para fazer sua evangelização e transformar o Estado num Instrumento de Salvação Compulsória, garantindo assim que todos os brasileiros tenham a "salvação" da alma "melhor assegurada" - longe dos gays.
Esses "pregadores
da DesGraça" enchem a boca para falar do fim do mundo e de como é a estratégia
do demônio para dominar o mundo e a resposta é simples: enchendo a terra de
gays, aos quais destruiriam as famílias, por acabar com a reprodução de
pessoas. Apesar de ser ridículo, muitos acreditam nessa fábula. Tudo teria sido
um plano arquitetado pelo próprio Satanás articulado nas profundezas do inferno
para colocar um anti-cristo gay no controle do universo para desafiar a Deus e
à Igreja.
Pois bem, apesar de alguns não se importar, muitos gays,
lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros sofrem com a violência
divulgada e propagada pela “igreja”. Acho que a Igreja tem um lado maravilhoso
de trazer coisas boas para essa terra. Mas nem por isso, podemos deixar de
denunciar os erros por ela cometidos. Assim como Lutero, Calvino, Zwinglio e
outros reformadores trouxeram luz para uma Igreja mergulhada na escuridão há
500 anos. Hoje a Igreja hoje precisa olhar mais uma vez para a cruz e ver o
Amor de Deus que foi de se sacrificar em favor do mundo e não em julgar o
mundo, condená-lo, e lançá-lo no inferno. Pois para isso, já existem os
“fariseus” de plantão e a hora certa disso acontecer de fato pertence a Deus. A
Igreja tem uma obrigação ética de abordar o assunto, repensar e agir
efetivamente, levando em conta uma sociedade em momento de transformação. Ao
invés de cometer o erro de barrar a evolução da sociedade, como fez ao barrar a
ciência na Idade Média, deveria ser pioneira e incentivá-la à maior tolerância,
amor e bondade como fez a Reforma Protestante ao criar o modelo de escolas e
universidades que temos até hoje.
Diferente do que dizem os pregadores da desgraça,
oportunistas de plantão, nenhum gay ou lésbica ou transexual quer obrigar que
as pessoas os aceitem como religiosamente correto, mas quer ser aceito pela
sociedade (não pela igreja) como um cidadão que tem acesso aos mesmos direitos
que qualquer outro: quer viver sem medo de ser morto por ser gay, sem sofrer
agressões físicas ou verbais por ser gay, ter acesso à saúde, planos de saúde,
acesso aos órgãos da justiça quando forem constituir família, acesso à educação
sem sofrer bullying durante toda a formação escolar, enfim, não ter nenhum
direito restrito pelo fato de ser gay, assim como ninguém pode ter nenhum
direito civil restringido no Brasil pelo fato de ser adepto dessa ou daquela
religião, ou mesmo de nenhuma.
Acho
que sou realista ao pensar que isso demandará muito tempo para mudar. Mas certamente
demandará mais se ficarem todos de braços cruzados.
O povo
brasileiro em geral e também o curral religioso, excluídos da política,
cultura, educação, saúde e outros direitos, me lembra muito aquela musica da
abertura da novela global Rei do Gado, onde mostravam os lindos pastos
verdejantes preenchidos pelos rebanhos bovinos que corriam desesperadamente
numa só direção ao som da musica: "ooo vida de gado, povo marcado, povo
feliz". Que esse rebanho de Deus, em algum momento perceba que é necessário,
acima de tudo respeitar o próximo – se não conseguem simplesmente amar como
Cristo ordenou. E isso implica em cada um cuidar da sua própria salvação e não
em obrigar os outros a aceitar as suas opiniões, que muitas vezes caem em
agressões verbais e físicas, ao invés de demonstrações de amor e ternura como
bem cabe a um cristão. Se querem salvar a alma dos brasileiros, que sejam dando
o exemplo de amar e respeitar as pessoas, e não obrigando que elas sejam
perfeitas, como elas se julgam ser, com atitudes hipócritas como essas.
Fantástico, tudo o que eu penso!
ResponderExcluirSou agnóstico. Considero que a bíblia, enquanto suposto documento teológico, não sobrevive a uma leitura crítica. É um livro cheio de erros, contradições e preconceitos. Sei que é completamente impossível conscientizar a população deste equívocos. Por isto, acredito que para vencer a homofobia, não devemos considerar a existência de um deus mas, sim de um estado laico. Que defendo o direito de todos.
ResponderExcluirEmbora o objetivo do texto seja louvável ele perder o seu teor critico por cair nas mesmas armadilhas cosmológicas e metafísicas apresentadas pelas contradições da teologia cristã.
Sei que é difícil assumir que você é o único responsável por seu destino. Não ter a muleta da religião é muito difícil. Mas é o que as pessoas lúcidas devem fazer para garantir os seus direitos.