Metade dos adolescentes criados por famílias homoparentais, formadas por duas mulheres, já sofreu algum tipo de assédio e estigmatização e, dois terços têm sido capaz de desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento. É o que mostra um interessante estudo publicado na "Children and Youth Services Review".
O estudo foi patrocinado pelo Instituto Williams (instituição acadêmica dedicada a questões LGBT ligada à "University of California Los Angeles") e do Instituto de Pesquisa de Desenvolvimento Infantil e Educação da Universidade de Amsterdã, que analisou 78 adolescentes de 17 anos que cresceram no seio de famílias americanas chefiadas por mães lésbicas. A pesquisa mostrou que metade já experimentou algum tipo de estigmatização e de assédio, embora a maioria tenha desenvolvido estratégias adequadas de enfrentamento como: deixar claro para os agressores que suas opiniões eram inaceitáveis, interagir com amigos que aceitam e não veem nenhum problema em sua família e pedir ajuda sempre relatando o que aconteceu. Alguns no entanto, preferiram passar despercebidos e se referiram a suas mães como "parents" (termo genérico em Inglês) em vez de "mães". Na maioria dos casos, o assédio vinha de seus próprios colegas de escola.
Uma conclusão importante, é que, de um modo geral e apesar de tudo, este grupo de adolescentes, não parece ser mais assediado do que seus pares da mesma idade, que cresceram no seio de famílias heteroparentais, o que é consistente com estudos anteriores nesta área.
Os autores enfatizam também a importância de um sistema de ensino que promove a prevenção da homofobia em seus programas anti-bullying.
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