Por: Julio Marinho
O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é um assunto que me interessa. E porquê? porque se um dia eu viesse a me casar, seria com uma pessoa do mesmo sexo. E, mesmo que nunca o fizesse, gostaria de viver em um país onde esse direito não me fosse negado. Sou, portanto, a parte interessada.
O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é um assunto que me interessa. E porquê? porque se um dia eu viesse a me casar, seria com uma pessoa do mesmo sexo. E, mesmo que nunca o fizesse, gostaria de viver em um país onde esse direito não me fosse negado. Sou, portanto, a parte interessada.
Não me prece justo - e não é mesmo - que duas pessoas se unam por amor, construam uma vida juntos, formem todo um patrimônio e, num momento fatídico, quando um deles venha a falecer, sua família, a mesma que na maioria das vezes sequer lhe deu atenção, respeito e afeto, apareça do nada e se sinta no direito de pilhar os bens que o casal, durantes anos, construiu, na maioria das vezes, com um enorme sacrifício.
O "grande" argumento para que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não seja aprovado no Brasil, é de que ele não seria "natural", já que não há a possibilidade de procriação. Ora pois, não vejo esse mesmo argumento ser utilizado para classificar como não sendo natural o casamento entre casais heterossexuais onde um dos indivídios, ou ambos, sejam inférteis. Bem como não os vejo serem utilizados no caso dos casais heterossexuais com uma idade mais avançada, onde há a igual impossibilidade de procriação. Além disso, quanto aos casais do mesmo sexo, existe a possibilidade da adoção ou da fertilização assistida. Isto posto, esses tais argumentos não passam de falácias.
Casar não torna férteis casais heterossexuais, da mesma forma, se manter solteiro não serve de contraceptivo. E é assim desde sempre. Portanto, os que utilizam desses argumentos rasos e bisonhos, deveriam ter o pudor e a descência de nos poupar da sua ignorância.
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