Estudo feito com a ajuda de uma equipe de pesquisadores do Brasil, composta por Beatriz Grinsztejn, José H.S. Pilotto e Breno R. Santos, foi escolhido pela revista Science, como a descoberta científica mais relevante de 2011. O estudo, intitulado HPTN 052, demonstrou que a capacidade dos antirretrovirais, utilizados no tratamento de pessoas soropositivas, reduz a transmissão do HIV, em até 96%. O HIV é o vírus responsável pela Aids, e infectou cerca de 33 milhões de pessoas ao redor do mundo em 2009.
Estes resultados trazem profundas implicações no que diz respeito ao combate a epidemia, defendem os especialistas. Segundo Myron Cohen, professor da Universidade da Carolina do Norte (EUA): "a magnitude do resultado de prevenção, foi extraordinário".
Os resultados mostraram que, os antirretrovirais não apenas tratam a doença, mas também previnem, já que diminuem drasticamente os níveis do HIV no sangue, fazendo com que os indivíduos tenham menos chances de infectar ou serem infectados. "Desse modo, conseguimos demonstrar que o tratamento (desde o início) praticamente parou a transmissão da doença", declarou Cohen.
A pesquisa, que durou 4 anos, começou em 2007 e foi realizada com a participação de 1.763 casais heterossexuais, onde apenas um dos parceiros era HIV+. Os testes foram feitos no Brasil, Botsuana, Índia, Quênia, Malaui, África do Sul, Tailândia, Estados Unidos e Zimbábue.
Antirretrovirais atuam nas células de defesa do sistema imunológico, inibindo a replicação do HIV. Os medicamentos evitam, assim, a chamada imunodepressão, que facilita a ocorrência das chamadas infecções ou doenças oportunistas, que podem acelerar a morte das pessoas com Aids. Vale destacar que, o tratamento com antirretrovirais não consegue, sozinho, erradicar a epidemia da doença.
Esse é mais um ótimo motivo para que as pessoas façam o teste. Quanto mais rápido se tem o diagnóstico, melhor pode ser o tratamento do soropositivo.
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