Em levantamento da ONG Stonewall, ativistas alertam para os cuidados a serem tomados e preveem uma crise na saúde e moradia para essa população.
Ben Summerskill: "Milhares de gays estão envelhecendo sem apoio de suas famílias e sentindo a falta de estrutura, que pessoas heterossexuais desfrutam."
Homens e mulheres gays da Grã-Bretanha têm muito mais probabilidade de acabarem vivendo sozinhas, e têm menos contato com suas famílias ao longo da vida, do que as pessoas heterossexuais, segundo o inovador relatório, que levanta questões importantes sobre como a sociedade responde às suas necessidades.
O relatório, o primeiro sobre o assunto, tem implicações para GPs, saúde e serviços sociais, num momento em que a população da Grã-Bretanha está ficando mais velha. Estima-se que há um milhão de lésbicas, gays e bissexuais na Grã-Bretanha, por volta dos 55 anos de idade.
A pesquisa, encomendada pelo grupo Stonewall, descobriu que homens mais velhos, gays e bissexuais, têm até três vezes mais probabilidade de ficarem solteiros, em comparação com homens heterossexuais.
Pouco mais de um quarto de gays e bissexuais, e metade das mulheres lésbicas e bissexuais têm filhos, em comparação com cerca de nove em cada 10 homens e mulheres heterossexuais. Eles também têm menos probabilidade de ver os membros de sua família biológica regularmente. Menos de um quarto das pessoas LGBTs veem seus familiares biológicos pelo menos uma vez por semana, em comparação com mais da metade das pessoas heterossexuais, de acordo com o levantamento feito com 1.050 heterossexuais e 1.036 pessoas LGBTs, com idade superior a 55 anos.
"Esta pesquisa pioneira, confirma o que já sabíamos intuitivamente, que há centenas de milhares de gays e lésbicas envelhecendo sem a mesma estrutura e apoio familiar que muitas pessoas heterossexuais desfrutam", disse Ben Summerskill, presidente-executivo da Stonewall. "Muitas vezes, é porque suas famílias os deserdou apenas por conta de sua orientação sexual."
A iminente perspectiva de solidão, é um tema recorrente entre os entrevistados do relatório. "Como gay, eu me sinto triste com as minhas perspectivas de encontrar conforto emocional e apoio", disse Michael, 60 anos, aos jornalistas.
Paul, 59 anos, disse: "Minha homossexualidade me faz menos ligado a minha família biológica."
As perspectivas de uma velhice solitária, é a explicação, segundo a pesquisa, do porque as pessoas LGBTs são consistentemente mais ansiosas, sobre o envelhecer, do que as pessoas heterossexuais.
Com redes de apoio diminuídas, em comparação com seus pares heterossexuais, eles são mais propensos a confiar em serviços de apoio formal à medida que envelhecem. O relatório do grupo Stonewall, encontrou quase duas vezes mais chances dessas pessoa contarem com serviços externos, como clínicos gerais e serviços sociais, em comparação as pessoas heterossexuais. Mas muitos temem que os serviços não atendam às suas necessidades. Três em cada cinco não estão confiantes de que os serviços de apoio irão satisfazer as suas necessidades.
Cerca de 72% das pessoas LGBTs disseram que estavam preocupadas com a perspectiva de necessitarem de cuidados mais tarde, em comparação com 62% de pessoas heterossexuais. Metade deles disseram que estavam preocupados com moradia em comparação com 39% das pessoas heterossexuais, enquanto 69% estavam preocupados com sua saúde em comparação com 59% de pessoas heterossexuais.
Frank, 64 anos, disse: "Eu me preocupo em meu parceiro adoecer ou morrer, e de deixá-lo sozinho, se eu morrer primeiro."
James, 55 anos, disse: "Ser gay e ficando mais velho é como não ser gay e ficar mais velho, no entanto, as dificuldades são maiores."
Seus medos são agravados por seu estilo de vida. Os gays são muito mais propensos a beber álcool regularmente, tomar drogas e tem um histórico maior de problemas de saúde mental, do que as pessoas heterossexuais.
Mas, apesar dessas preocupações, muitos se sentem desconfortáveis em revelar sua sexualidade para aqueles que trabalham nos órgãos de saúde pública e de setores de apoio. Quase metade disse que seria desconfortável ter um cuidador de pessoal em casa, e um terço se sentiria desconfortável tendo que sair e ter um cuidador pago.
"Pela primeira vez, esta geração de gays idosos, mostram desejo de serem tratados com mais respeito por ambos os prestadores de serviços, públicos e comerciais", disse Summerskill.
"Eles querem ser capazes de compartilhar um quarto num lar de idosos, ou de apoiar seus parceiros em estágio terminal, como qualquer outra pessoa."
Summerskill expressa a preocupação de que, os sistemas de apoio da Grã-Bretanha falhem em reconhecer que nem todos os casais são iguais.
■ 40% dos gays e bissexuais masculinos, com mais de 55 anos, são solteiros, em comparação com 15% dos homens heterossexuais.
■ 41% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, vivem sozinhos, em comparação com 28% dos heterossexuais.
■ 8% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, veem os membros de suas famílias algumas vezes por semana, em comparação com 21% de pessoas heterossexuais.
■ 15% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 70 anos, trabalham, em comparação com 6% de pessoas heterossexuais.
■ 9% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, têm tomado drogas no último ano, em comparação com 2% de pessoas heterossexuais.
Ben Summerskill: "Milhares de gays estão envelhecendo sem apoio de suas famílias e sentindo a falta de estrutura, que pessoas heterossexuais desfrutam."
Homens e mulheres gays da Grã-Bretanha têm muito mais probabilidade de acabarem vivendo sozinhas, e têm menos contato com suas famílias ao longo da vida, do que as pessoas heterossexuais, segundo o inovador relatório, que levanta questões importantes sobre como a sociedade responde às suas necessidades.
O relatório, o primeiro sobre o assunto, tem implicações para GPs, saúde e serviços sociais, num momento em que a população da Grã-Bretanha está ficando mais velha. Estima-se que há um milhão de lésbicas, gays e bissexuais na Grã-Bretanha, por volta dos 55 anos de idade.
A pesquisa, encomendada pelo grupo Stonewall, descobriu que homens mais velhos, gays e bissexuais, têm até três vezes mais probabilidade de ficarem solteiros, em comparação com homens heterossexuais.
Pouco mais de um quarto de gays e bissexuais, e metade das mulheres lésbicas e bissexuais têm filhos, em comparação com cerca de nove em cada 10 homens e mulheres heterossexuais. Eles também têm menos probabilidade de ver os membros de sua família biológica regularmente. Menos de um quarto das pessoas LGBTs veem seus familiares biológicos pelo menos uma vez por semana, em comparação com mais da metade das pessoas heterossexuais, de acordo com o levantamento feito com 1.050 heterossexuais e 1.036 pessoas LGBTs, com idade superior a 55 anos.
"Esta pesquisa pioneira, confirma o que já sabíamos intuitivamente, que há centenas de milhares de gays e lésbicas envelhecendo sem a mesma estrutura e apoio familiar que muitas pessoas heterossexuais desfrutam", disse Ben Summerskill, presidente-executivo da Stonewall. "Muitas vezes, é porque suas famílias os deserdou apenas por conta de sua orientação sexual."
A iminente perspectiva de solidão, é um tema recorrente entre os entrevistados do relatório. "Como gay, eu me sinto triste com as minhas perspectivas de encontrar conforto emocional e apoio", disse Michael, 60 anos, aos jornalistas.
Paul, 59 anos, disse: "Minha homossexualidade me faz menos ligado a minha família biológica."
As perspectivas de uma velhice solitária, é a explicação, segundo a pesquisa, do porque as pessoas LGBTs são consistentemente mais ansiosas, sobre o envelhecer, do que as pessoas heterossexuais.
Com redes de apoio diminuídas, em comparação com seus pares heterossexuais, eles são mais propensos a confiar em serviços de apoio formal à medida que envelhecem. O relatório do grupo Stonewall, encontrou quase duas vezes mais chances dessas pessoa contarem com serviços externos, como clínicos gerais e serviços sociais, em comparação as pessoas heterossexuais. Mas muitos temem que os serviços não atendam às suas necessidades. Três em cada cinco não estão confiantes de que os serviços de apoio irão satisfazer as suas necessidades.
Cerca de 72% das pessoas LGBTs disseram que estavam preocupadas com a perspectiva de necessitarem de cuidados mais tarde, em comparação com 62% de pessoas heterossexuais. Metade deles disseram que estavam preocupados com moradia em comparação com 39% das pessoas heterossexuais, enquanto 69% estavam preocupados com sua saúde em comparação com 59% de pessoas heterossexuais.
Frank, 64 anos, disse: "Eu me preocupo em meu parceiro adoecer ou morrer, e de deixá-lo sozinho, se eu morrer primeiro."
James, 55 anos, disse: "Ser gay e ficando mais velho é como não ser gay e ficar mais velho, no entanto, as dificuldades são maiores."
Seus medos são agravados por seu estilo de vida. Os gays são muito mais propensos a beber álcool regularmente, tomar drogas e tem um histórico maior de problemas de saúde mental, do que as pessoas heterossexuais.
Mas, apesar dessas preocupações, muitos se sentem desconfortáveis em revelar sua sexualidade para aqueles que trabalham nos órgãos de saúde pública e de setores de apoio. Quase metade disse que seria desconfortável ter um cuidador de pessoal em casa, e um terço se sentiria desconfortável tendo que sair e ter um cuidador pago.
"Pela primeira vez, esta geração de gays idosos, mostram desejo de serem tratados com mais respeito por ambos os prestadores de serviços, públicos e comerciais", disse Summerskill.
"Eles querem ser capazes de compartilhar um quarto num lar de idosos, ou de apoiar seus parceiros em estágio terminal, como qualquer outra pessoa."
Summerskill expressa a preocupação de que, os sistemas de apoio da Grã-Bretanha falhem em reconhecer que nem todos os casais são iguais.
■ 40% dos gays e bissexuais masculinos, com mais de 55 anos, são solteiros, em comparação com 15% dos homens heterossexuais.
■ 41% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, vivem sozinhos, em comparação com 28% dos heterossexuais.
■ 8% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, veem os membros de suas famílias algumas vezes por semana, em comparação com 21% de pessoas heterossexuais.
■ 15% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 70 anos, trabalham, em comparação com 6% de pessoas heterossexuais.
■ 9% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, têm tomado drogas no último ano, em comparação com 2% de pessoas heterossexuais.
"40% dos gays e bissexuais masculinos, com mais de 55 anos, são solteiros, em comparação com 15% dos homens heterossexuais.
ResponderExcluir■ 41% das lésbicas, gays e bissexuais com mais de 55 anos, vivem sozinhos, em comparação com 28% dos heterossexuais."
Fico me perguntando quando irão se preocupar com isso no Brasil!! Agora, tem um paradoxo mundial, aí e que não atinge apenas LGBT's: Se a medicina evoluiu tanto e hoje estamos vivendo muito mais, por que não foi, ao mesmo tempo, desenvolvidas estruturas sociais , políticas e públicas para o apoio a@s idos@s? Todos querem viver mais, mas todos têm graves preconceitos com idosos e com o envelhecimento. O velh@s deixou de ser um repositário da sabedoria e da experiência e se tornou algo abjeto, cuja vida não vale nada... e se isso é com tod@s, imagina então com @s LGBT's....tudo isso se traduz numa coisa: dor e sofrimento.
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
É uma pena mesmo que essa seja a Realidade!
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