Por: Julio Marinho
O que se passa no mundo? Nos últimos dias as manifestações de intolerância e preconceito, contra os cidadãos LGBTs têm aumentado significativamente em todo o mundo.
Aqui no Brasil, por exemplo, políticos ligados as bancadas religiosas fundamentalistas, propõe Emendas a Constituição como a "PEC 99", que quer dar poderes a instituições religiosas cristãs de propor ações diretas de constitucionalidade e inconstitucionalidade ao STF, com a clara intenção de impedir que o Superior Tribunal Federal tome decisões como a que deu status de igualdade as famílias homoafetivas (aqui).
O que se passa no mundo? Nos últimos dias as manifestações de intolerância e preconceito, contra os cidadãos LGBTs têm aumentado significativamente em todo o mundo.
Aqui no Brasil, por exemplo, políticos ligados as bancadas religiosas fundamentalistas, propõe Emendas a Constituição como a "PEC 99", que quer dar poderes a instituições religiosas cristãs de propor ações diretas de constitucionalidade e inconstitucionalidade ao STF, com a clara intenção de impedir que o Superior Tribunal Federal tome decisões como a que deu status de igualdade as famílias homoafetivas (aqui).
No Peru, o presidente de câmara, Jose Buenitez, vem a público e diz que a água poluída está "transformando" os homens em homossexuais. "O Estrôncio reduz os hormônios masculinos. Vamos ficar todos como em Tabalosos (referência a uma localidade apelidada de "Gayville"), onde a percentagem da homossexualidade está aumentando." Alertou o tresloucado político peruano.
Na Rússia parlamentares apresentaram uma proposta de lei que proíbe "propaganda homossexual" na cidade russa de São Petersburgo. Um deputado da cidade disse recentemente que a promoção da homossexualidade "coloca o povo russo sob a ameaça de extinção", segundo a RIA Novosti, o autor do projeto de lei insistiu: "A popularidade crescente de desvios sexuais afeta negativamente as nossas crianças".
Na Nigéria há uma proposta para criminalizar o casamento e a coabitação entre pessoas do mesmo sexo. Legisladores estão discutindo a criminalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluindo as situações de coabitação. A proposta aplica uma pena de até três anos de prisão a casais de gays e lésbicas, e até cinco anos a qualquer pessoa que ajude estes casamentos ou seja testemunha dos mesmos.
No Zimbábue, o Presidente Robert Mugabe chamou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, de "satânico" por este propor a retenção de ajuda a países que não respeitem os direitos dos homossexuais. "Torna-se ainda pior e satânico quando temos um primeiro-ministro como Cameron, dizendo que países que querem ajuda britânica devem aceitar a homossexualidade", disse Mugabe.
Na Polônia um Partido adota logotipo homofóbico. Uma decisão judicial permitiu que um movimento de extrema-direita registrasse formalmente um símbolo homofóbico como um de seus logotipos.
No Paquistão é proibido enviar SMSs com palavras como gay e lésbica.
Nos EUA, um adolescente do sul da Califórnia declarou-se culpado de homicídio em segundo grau, num acordo que lhe aplica uma pena de prisão de 21 anos, por ter assassinado a tiros o colega Larry King de 15 anos de idade, numa escola da periferia de Los Angeles em fevereiro de 2008, pelo fato deste ser homossexual.
Na Suíça, um político compara casais gays a cocaína. Tudo por conta de uma proposta que visa estender aos casais gays o direito a adoção. Christophe Darbellay, chefe do partido de centro-direita Democratas-Cristãos (CVP) é profundamente contrário a qualquer mudança na legislação que rege a adoção. Ele disse não entender por que a lei deveria ser estendida para incluir os casais homossexuais. "Eu não vou legalizar a cocaína, de repente, só porque meio milhão de pessoas consomem", disse ele ao jornal Le Temps na sexta-feira passada.
Existem vários outros exemplos, mas acho que por esses já dá para se ter um apanhado geral do que tem rolado no mundo, em relação as questões de intolerância contra os cidadãos LGBTs.
Sem dúvida que, por conta de ações proativas estamos mais visíveis, mas essa visibilidade nos tornou também mais vulneráveis. A sociedade heteronormativa não suporta a ideia de igualdade que estamos, nos últimos anos, exigindo com mais intensividade e reage de forma violenta. Que isso não nos sirva apenas de alerta, mas também de estímulo.
Na Rússia parlamentares apresentaram uma proposta de lei que proíbe "propaganda homossexual" na cidade russa de São Petersburgo. Um deputado da cidade disse recentemente que a promoção da homossexualidade "coloca o povo russo sob a ameaça de extinção", segundo a RIA Novosti, o autor do projeto de lei insistiu: "A popularidade crescente de desvios sexuais afeta negativamente as nossas crianças".
Na Nigéria há uma proposta para criminalizar o casamento e a coabitação entre pessoas do mesmo sexo. Legisladores estão discutindo a criminalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluindo as situações de coabitação. A proposta aplica uma pena de até três anos de prisão a casais de gays e lésbicas, e até cinco anos a qualquer pessoa que ajude estes casamentos ou seja testemunha dos mesmos.
No Zimbábue, o Presidente Robert Mugabe chamou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, de "satânico" por este propor a retenção de ajuda a países que não respeitem os direitos dos homossexuais. "Torna-se ainda pior e satânico quando temos um primeiro-ministro como Cameron, dizendo que países que querem ajuda britânica devem aceitar a homossexualidade", disse Mugabe.
Na Polônia um Partido adota logotipo homofóbico. Uma decisão judicial permitiu que um movimento de extrema-direita registrasse formalmente um símbolo homofóbico como um de seus logotipos.
No Paquistão é proibido enviar SMSs com palavras como gay e lésbica.
Nos EUA, um adolescente do sul da Califórnia declarou-se culpado de homicídio em segundo grau, num acordo que lhe aplica uma pena de prisão de 21 anos, por ter assassinado a tiros o colega Larry King de 15 anos de idade, numa escola da periferia de Los Angeles em fevereiro de 2008, pelo fato deste ser homossexual.
Na Suíça, um político compara casais gays a cocaína. Tudo por conta de uma proposta que visa estender aos casais gays o direito a adoção. Christophe Darbellay, chefe do partido de centro-direita Democratas-Cristãos (CVP) é profundamente contrário a qualquer mudança na legislação que rege a adoção. Ele disse não entender por que a lei deveria ser estendida para incluir os casais homossexuais. "Eu não vou legalizar a cocaína, de repente, só porque meio milhão de pessoas consomem", disse ele ao jornal Le Temps na sexta-feira passada.
Existem vários outros exemplos, mas acho que por esses já dá para se ter um apanhado geral do que tem rolado no mundo, em relação as questões de intolerância contra os cidadãos LGBTs.
Sem dúvida que, por conta de ações proativas estamos mais visíveis, mas essa visibilidade nos tornou também mais vulneráveis. A sociedade heteronormativa não suporta a ideia de igualdade que estamos, nos últimos anos, exigindo com mais intensividade e reage de forma violenta. Que isso não nos sirva apenas de alerta, mas também de estímulo.
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