Parlamento holandês proíbe funcionários de se recusar a realizar casamentos entre casais do mesmo sexo.

Com uma maioria de 84 votos a 58, o parlamento holandês decidiu acabar com uma das poucas exceções que discriminavam casais do mesmo sexo que ainda persistia em alguns municípios. O Parlamento exigiu do Governo a implementação de reformas legais necessárias para proibir que qualquer funcionário se recuse, citando razões religiosas, formalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

A medida foi fortemente contestada tanto pelos cristãos como pelo SGP, um pequeno partido calvinista, cujo um dos membros, um funcionário da Câmara Municipal de Haia, foi exonerado por este motivo. Existem muitos municípios que já haviam decidido acabar com essa discriminação. Amsterdam, por exemplo, decidiu em 2007. Ainda assim, recentemente dois funcionários haviam se negado a formalizar casamentos.

Muitos outros municípios têm seguido o exemplo de Amsterdã, como Haia, Eindhoven, Rotterdam, Utrecht e Groningen. No entanto, muitos municípios menores relutam em acabar com a discriminação. O governo holandês, também se opôs a medida. Desta vez, porém, o Governo não foi apoiado pelo PVV (Partido da Liberdade), um partido "anti-imigrantes muçulmanos", que com os seus votos garantiram a aprovação da medida.

A decisão do Parlamento foi muito bem recebida por organizações de direitos LGBTs. "Esperamos que o governo comece a trabalhar, e rapidamente, para impedir que os funcionários holandeses possam discriminar a partir de seus postos de trabalho", disse Vera Bergkamp, ​​representante da COC, a mais importante organização LGBT no país.

A COC documentou até 102 funcionários de 58 municípios que se recusaram a formalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Eles usaram sua fé cristã como argumento.

A Holanda sempre a frente na produção de direitos humanos. Um país onde a cidadania LGBT é respeitada. Uma pena que esse belo exemplo não seja seguido por todas as nações.

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