Conflito Israel X Palestina e a questão LGBT

Israel é o único país do Oriente Médio onde as pessoas não são perseguidas por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Essa é a situação dos cidadãos LGBTs israelenses:

- Há leis anti-discriminação que protegem os LGBTs.
- Há o reconhecimento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados no exterior.
- Casais LGBTs podem adotar.
- Militares LGBTs servem abertamente em todos os ramos militares, incluindo unidades especiais. A discriminação é proibida.
 - Casais LGBTs têm direito a herança.

LGBTs não gozam desses direitos em nenhum outro lugar do Oriente Médio. Na verdade, em todos os outros países do Oriente Médio a homossexualidade é um crime punível com a pena de morte (Irã, Arábia Saudita, Sudão, Emirados Árabes Unidos, Iêmen), ou prisão perpétua (Gaza, Egito, Síria, Líbano, Kuwait, Qatar, Oman, Marrocos, Argélia), LGBTs enfrentam riscos de violência, tortura e "assassinatos em nome da honra" por milícias ou suas próprias famílias (Cisjordânia, Iraque, Turquia) e assédio e repressão de agentes do governo (Bahrain, Jordânia). Quando comparado com Estados fora do Oriente Médio - incluindo a maioria das democracias ocidentais, como o Brasil, por exemplo - Israel tem uma das mais fortes políticas pró-LGBTs no mundo.

A perseguição a cidadãos LGBTs em territórios palestinos é terrível, ela vem do Hamas, da Autoridade Palestina, de milícias e até mesmo das próprias famílias. Relatórios mostram depoimentos de LGBTs palestinos que fogem para Israel em busca de asilo. Em um deles um homem narra sua história de horror ao ser arrastado de sua casa por ser gay e ser submerso em água de esgoto até o pescoço por cinco horas, todos os dias durante três semanas. Vale ressaltar que oitenta e dois por cento dos palestinos apoiam a criminalização da homossexualidade.

No restante da região, o Irã executou três homens em setembro de 2011 por serem gays (e dois em 2005). O regime Assad na Síria já matou mais de 3.000 cidadãos LGBTs.

Eu não quero aqui discutir o conflito político entre Israel e a Palestina, mas não posso defender uma Estado que comete tantas atrocidades contra cidadãos por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Meu foco aqui é o reconhecimento de direitos civis LGBTs, e nesse quesito, Israel está a anos-luz da Palestina.

Sei que serei execrado por conta dessa "defesa" ao Estado israelense, mas nunca, eu disse NUNCA, irei defender um Estado que promove a homofobia, seja ele qual for. E que venham as pedras!

Comentários

  1. Rapaz, você está coberto de razão, Israel nesse quesito é exemplo de equidade de direitos.

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