Copacabana: Parada do Orgulho gay 2011

Acontece hoje, a partir das 13h na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, a 16ª Parada do Orgulho LGBT.  São aguardados cerca de 1 milhão de participantes e os organizadores pedem que todos vistam roupas brancas, como forma de protesto contra a crescente onda de violência que vem atingindo os cidadãos LGBTs.

O tema da Parada desse ano é: "Somos Todos Iguais Perante a Paz - Toda Forma de Violência Deve Ser Crime", uma alusão ao artigo 5º da Constituição Federal, onde está escrito que somos todos iguais perante a lei, embora saibamos que, na prática, não é bem assim.

15 Trios elétricos irão animar o público e tendas distribuirão preservativos e materiais informativos sobre cidadania e doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, um ônibus do Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos da Defensoria Pública do Estado estará a disposição dos participantes oferendo serviços, como emissão se segunda via de documento de identidade e orientação jurídica.
 
A segurança será feita por 350 guardas municipais, 450 policiais militares e 380 seguranças privados, que foram contratos pelo Grupo Arco-Íris, organizados do evento.

O evento sempre foi cercado por muitas polêmicas, mesmo entre o meio LGBT existem alguns que fazem restrições a Parada. Para estes, o evento deveria ter um tom mais político e menos festivo. Eu já acho que o fato de ser festivo não torna o evento menos político. Para mim, uma coisa não ivalida a outra. Até porque, o evento não é somente uma manifestação por igualdade e cidadania, é também uma celebração. O próprio nome já diz, "Parada do Orgulho Gay", e eu acho que há que se ter Orgulho sim! Orgulho por não abaixar a cabeça, apesar de todas a agressões sofridas, Orgulho por continuar amando e sendo feliz mesmo que muitos não queiram.

A Parada não pretende obter privilégios, como dizem alguns. Nós os cidadãos LGBTs somos apenas a favor da diversidade e da cidadania para todo mundo. Não existe privilégio quando se busca igualdade. O que nós queremos é só o direito de existir, sem que para isso tenhamos que ser vítimas de agressões. Sem que para isso tenhamos que pagar o preço altíssimo de perder a vida, ou a dignidade.

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