"Filhote" ("Cachorro", título original), do diretor espanhol Miguel Albaladejo, é desses filmes que mistura temas delicados e explosivos sem recorrer a clichês que, em geral, detonam qualquer tipo de roteiro.
O filme é corajoso porque explora uma estética pouco visível nos filmes até então: o universo dos "ursos" - como são conhecidos homens que fogem ao estereótipo dos "sarados" e "esteticamente corretos".
O diretor conduz com sensibilidade o drama de Pedro (José Luís García-Perez), um dentista homossexual que leva uma vida agitada e sem compromissos, quando ele passa a cuidar do sobrinho Bernardo (David Castillo) de 11 anos, após sua irmã Violeta (Elvira Lindo), a mãe riponga do garoto, fazer uma viagem a Índia com seu namorado.
Os problemas começam quando Violeta e o namorado ficam em apuros e devem passar um bom tempo na prisão na Índia, por porte de drogas. Aumenta assim drasticamente a responsabilidade de Pedro sobre o sobrinho.
De repente, os dois se veem em uma nova família - não de berço, nem por escolha, mas por uma situação que lhes foi imposta. Se a mudança de situação não cria embaraços nem a Pedro nem a Bernardo, incomoda muito a avó paterna do garoto, Teresa (Empar Ferrer), que não se conforma com o fato do neto ser criado por um homossexual. Por conta disso, ela fará de tudo para separá-los.
Miguel Albaladejo, que escreveu e dirigiu "A Primeira Noite da Minha Vida" (1998), filma tudo com realismo, sem falsos pudores. Há cenas de beijos entre Pedro e seus parceiros na cama, troca de olhares e carícias em becos, boate, sauna e festas.
Ressalta-se o clima de companheirismo entre os ursos do filme, que trocam apoio emocional, contrariando expectativas preconceituosas de que o universo gay se limita a homens afetados ou musculosos.
Na minha opinião o filme peca pelo excesso de cenas com drogas e as cenas de sexo logo no inicio do filme. Achei a cena desnecessária e apelativa. No mais o filme é lindo.
A interpretação de David Castilho como Bernardo e de Empar Ferrer como a avó Teresa, são maravilhosas, mas quem rouba mesmo a cena é José Luis García Pérez no papel de Pedro. A atuação de José é corretíssima. Além da brilhante atuação vale também destacar que José é lindo e tem uma voz que...ufa.
O filme foi vencedor do Zenith de Ouro, no Festival de Montreal 2004. O longa participou, ainda, da Mostra Panorama do Festival de Berlim 2004, e foi indicado ao prêmio espanhol Goya de Melhor Ator Revelação. Veja uma palhinha no trailer abaixo.
Ficha técnica
Titulo original: Cachorro
Gênero: Ficção
Ano: 2004
País de origem: Espanha
Duração: 99 min.
Diretor: Luis Miguel Albaladejo
Produção: Juan Alexander
Fotografia: Alfonso Sanz
Edição: Pablo Blanco
Música: Lucio Godoy
Elenco
José Luis García Pérez (Pedro)
David Castillo (Bernardo)
Empar Ferrer (Doña Teresa)
Elvira Lindo (Violeta)
Arno Chevrier (Manuel)
Mario Arias (Javi)
Josele Román (Gloria)
Diana Cerezo (Lola)
Daniel Llobregat (Bernardo com 14 anos)
Juanma Lara (Aitor)
Jorge Calvo (Antonio)
Josep Tomàs (Juan Carlos)
Juanjo Martínez (Iván)
Ramón Ramos (Ricardo)
Patxi Uribarren (Quique)
O filme é corajoso porque explora uma estética pouco visível nos filmes até então: o universo dos "ursos" - como são conhecidos homens que fogem ao estereótipo dos "sarados" e "esteticamente corretos".
O diretor conduz com sensibilidade o drama de Pedro (José Luís García-Perez), um dentista homossexual que leva uma vida agitada e sem compromissos, quando ele passa a cuidar do sobrinho Bernardo (David Castillo) de 11 anos, após sua irmã Violeta (Elvira Lindo), a mãe riponga do garoto, fazer uma viagem a Índia com seu namorado.
Os problemas começam quando Violeta e o namorado ficam em apuros e devem passar um bom tempo na prisão na Índia, por porte de drogas. Aumenta assim drasticamente a responsabilidade de Pedro sobre o sobrinho.
De repente, os dois se veem em uma nova família - não de berço, nem por escolha, mas por uma situação que lhes foi imposta. Se a mudança de situação não cria embaraços nem a Pedro nem a Bernardo, incomoda muito a avó paterna do garoto, Teresa (Empar Ferrer), que não se conforma com o fato do neto ser criado por um homossexual. Por conta disso, ela fará de tudo para separá-los.
Miguel Albaladejo, que escreveu e dirigiu "A Primeira Noite da Minha Vida" (1998), filma tudo com realismo, sem falsos pudores. Há cenas de beijos entre Pedro e seus parceiros na cama, troca de olhares e carícias em becos, boate, sauna e festas.
Ressalta-se o clima de companheirismo entre os ursos do filme, que trocam apoio emocional, contrariando expectativas preconceituosas de que o universo gay se limita a homens afetados ou musculosos.
Na minha opinião o filme peca pelo excesso de cenas com drogas e as cenas de sexo logo no inicio do filme. Achei a cena desnecessária e apelativa. No mais o filme é lindo.
O filme foi vencedor do Zenith de Ouro, no Festival de Montreal 2004. O longa participou, ainda, da Mostra Panorama do Festival de Berlim 2004, e foi indicado ao prêmio espanhol Goya de Melhor Ator Revelação. Veja uma palhinha no trailer abaixo.
Ficha técnica
Titulo original: Cachorro
Gênero: Ficção
Ano: 2004
País de origem: Espanha
Duração: 99 min.
Diretor: Luis Miguel Albaladejo
Produção: Juan Alexander
Fotografia: Alfonso Sanz
Edição: Pablo Blanco
Música: Lucio Godoy
Elenco
José Luis García Pérez (Pedro)
David Castillo (Bernardo)
Empar Ferrer (Doña Teresa)
Elvira Lindo (Violeta)
Arno Chevrier (Manuel)
Mario Arias (Javi)
Josele Román (Gloria)
Diana Cerezo (Lola)
Daniel Llobregat (Bernardo com 14 anos)
Juanma Lara (Aitor)
Jorge Calvo (Antonio)
Josep Tomàs (Juan Carlos)
Juanjo Martínez (Iván)
Ramón Ramos (Ricardo)
Patxi Uribarren (Quique)
Excelente lembrança! Eu havia baixado esse filme faz tempo, mas ainda não tinha visto. Agora vou ver! Beijão, Júlio!!!
ResponderExcluirEu acho que vc vai gostar Ricardo.
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