Candidato republicano a presidência dos EUA, demite funcionário por ele ser gay.

Herman Cain, político ultra conservador norte-americano e candidato republicano a presidência dos Estados Unidos nas próximas eleições de 2012, demitiu seu Tesoureiro depois de saber que ele é homossexual.

A demissão discriminatória foi divulgada pela mídia americana. O inquérito está em curso pelo Departamento de Recursos Humanos de Iowa.

Cain demitiu seu tesoureiro e consultor político, Scott Toomey, quando soube que esse era abertamente homossexual. Ele ainda tentou, covardemente, esconder a razão da demissão.


A ex-coordenadora de pesquisas de opinião política, Kevin Hall, explicou(?) a imprensa o acontecido da seguinte forma: "um candidato conservador, como o Sr. Cain, acredita que a homossexualidade é um pecado e uma escolha."

"O fato do seu assessor e consultor, altamente remunerado, ser abertamente gay, lançaria uma luz negativa sobre a candidatura do Sr. Cain, o que custaria caro no esforço para ele se tornar presidente", argumentou Hall.

"Eu acredito que a homossexualidade é um pecado, porque eu sou um crente na Bíblia cristã, eu acredito que é um pecado", disse Cain. "Mas eu sei que algumas pessoas fazem essa escolha. Essa é a sua escolha. "

Não Sr. Cain, a homossexualidade não é uma escolha. E qualquer um na comunidade científica ou médica poderá lhe confirmar isso, já que você é ignorante o bastante para precisar que alguém lhe diga isso. Na verdade eu nem sei se Cain realmente acredita nesse lixo, ou se ele está tentando jogar com sua base conservadora, mas se for isso, seria melhor ele pensar duas vezes. Estudos recentes mostram que a maioria dos americanos, não consideram um problema em ser gay. 79% dos norte-americanos sem filiação religiosa aceitam a homossexualidade, além de 29% dos cristãos evangélicos.

Cain parece ter se esquecido que, faz parte de uma minoria que foi perseguida, assassinada e desprezada por conta da cor de sua pele. Como uma criança negra que cresceu em Jim Crow, Georgia, ele obviamente experimentou o racismo e a segregação em primeira mão. Andou na parte de trás do ônibus e bebeu de nos bebedouros "apenas para negros". Mas agora, aqui está ele, defendendo o mesmo tipo de discriminação contra LGBTs americanos.

Sim, grupos ou indivíduos reprimidos, geralmente, não têm qualquer problema em se tornar algozes quando ganham poder e capacidade de suprimir outras minorias, por mais que isso pareça contraditório. 

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