Itália rejeita lei anti-homofobia.


O Parlamento italiano rejeitou ontem, 26/07, um projeto de lei que visava proteger cidadãos LGBTs contra a discriminação. Foram 293 votos contras e 250 a favor. O projeto era bem parecido com a nossa PL 122/2006.

Ativistas LGBTs insistem para que a União Europeia entre em cena.

A Itália já proíbe a discriminação por motivos de raça, religião, etnia e nacionalidade, mas ativistas alegam que, por conta de um número crescente de ataques homofóbicos e transfóbicos, os cidadãos LGBTs precisam de mais proteção.

Paolo Patane, chefe da associação dos direitos LGBTs,  Arcigay, disse que: "Este parlamento traiu a justiça, a civilidade e decidiu apoiar a violência."

Ele acrescentou que a UE deve "...ajudar a enfrentar este aumento extremamente perigoso da homofobia, a xenofobia e o racismo, que o parlamento italiano decidiu legitimar."

 "Além de aprovar leis pró direitos humanos, as autoridades e os políticos devem dar o exemplo.”. Disse Nicola Duckworth, da Anistia Internacional.

"Eles devem promover a igualdade e não a discriminação, além de abster-se de condenar e fazer comentários depreciativos e discriminatórios, que favorecem um clima de intolerância.". Acrescentou Nicola.

A Itália também não permite que casais homoafetivos possam se casar ou adotar filhos.

O Primeiro-ministro Silvio Berlusconi é  um dos principais oposicionistas aos direitos dos homossexuais. Ativistas LGBTs afirmam que seus envolvimentos em escândalos sexuais com menores, tornam Berlusconi um hipócrita.

No ano passado, o líder italiano rebateu as críticas, dizendo: “É melhor estar apaixonado por mulheres bonitas do que ser gay".

Berlusconi é uma versão italiana do nosso Bolsonaro.

Quem resumiu bem a situação foi a Deputada Anna Paola Concia, porta-voz do projeto de lei, que ano passado sentenciou:  "Somos um país homofóbico e a política italiana é homofóbica!".

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