Após
um ano, a Argentina, primeiro país latino-americano a aprovar o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, já teve um total de 2.697
uniões homoafetivas. Deste total, 60% foram homens. Os dados foram
divulgados pela Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans da
Argentina (FALGBT).
O casamento entre pessoas do mesmo sexo, foi aprovado na Argentina em uma histórica sessão do Congresso, que ocorreu em 15 de julho de 2010, aqui. Após
várias horas de debate, o Senado aprovou o projeto de lei com 33
votos a favor, 27 contra e 3 abstenções. Argentina se tornou o 15 º
país do mundo a conceder esse direito.
Na Argentina, existem 2,4 milhões cidadãos gays,
lésbicas, bissexuais e transgêneros, o equivalente a seis por cento
da população (40 milhões), o que significa que um por cento dos
membros da comunidade gay se casaram após a promulgação da lei.
A Argentina, cuja Constituição reconhece o
catolicismo como religião, "deu um passo muito positivo pela
igualdade de direitos, mas a lei não aborda a discriminação: Há
muito a fazer", disse o líder da associação, Stephen Paulon.
"Houveram casais que foram impedidos de
renovar concessões ou demitidos do trabalho quando anunciaram seu
casamento, e há também aqueles que receberam ameaças",
lamentou Stephen.
Paulon considera que o montante do casamento gay
no primeiro ano da promulgação da legislação na Argentina "não
é alto nem baixo, mas similar" em comparação com o que
aconteceu na Espanha e outros países onde existem leis semelhantes.
"É um grande motivo de celebração, após um ano desde a aprovação da lei, marcando um caminho para a plena cidadania, igualdade e democracia para todos", disse Pedro Paradiso Sottile, secretário e coordenador da Área Jurídica da "Comunidade Homossexual Argentina" (CHA).
"É um grande motivo de celebração, após um ano desde a aprovação da lei, marcando um caminho para a plena cidadania, igualdade e democracia para todos", disse Pedro Paradiso Sottile, secretário e coordenador da Área Jurídica da "Comunidade Homossexual Argentina" (CHA).
Paradiso, que também é secretário para a América Latina e Caribe da Associação Internacional da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA), disse que, "a Argentina é a melhor quando se trata de uma sociedade mais digna, quando a questão é respeitar e garantir os direitos humanos sem discriminação".
Apesar de reconhecer o progresso, as organizações gays alertam que ainda há questões pendentes.
Por exemplo, casais do mesmo sexo com crianças nascidas antes da promulgação da lei, não podem registra-las com o sobrenome de ambos. Alguns casais já conseguiram esse direito via tribunal, mas as organizações entendem que isso deveria ser regra, não exceção.
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