Mahatma Gandhi era bissexual e racista?


Gandhi, uma mulher e Hermann Kallenbach

Pelo menos é isso o que diz Joseph Lelyveld, escritor, jornalista e ex-editor do "The New York Times" em uma nova biografia do líder indiano, que será lançada ainda esse mês, segundo o "Daily Mail".

Na polêmica biografia de 448 páginas intitulada "Great Soul", Joseph afirma que Gandhi, após se divorciar da esposa com quem teve quatro filhos, teria vivido um romance com o fisiculturista alemão, Hermann Kallenbach, na África do Sul. Hermann, que era judeu, teria se apaixonado por Gandhi e se tornado um de seus discípulos mais próximos. O romance teria durado dois anos, e só teve fim, porque Gandhi tinha de voltar a Índia e Hermann, por conta da primeira guerra mundial, não pôde acompanhá-lo. 

Segundo Lelyveld, Gandhi, que se casou aos 13 anos com Kasturbai Makhanji de 14, mantinha uma foto de Hermann na cabeceira de sua cama, e havia prometido jamais olhar novamente para uma mulher com intenções "impuras". Os dois, após a separação, passaram a se corresponder através de cartas, onde Gandhi teria afirmado que Kasturbai, "era a mulher mais venenosa que já tinha conhecido".

Mas parece que Gandhi não teve forças para cumprir as promessas que fez a Hermann. O líder indiano teria, segundo o livro, tido relações sexuais com várias mulheres, e mesmo aos 70 anos de idade, teve um relacionamento com sua sobrinha Manu, de apenas 17 anos. Sobre Manu, uma passagem do livro, relata que a jovem foi forçada a percorrer uma parte da selva, onde costumeiramente ocorriam estupros, apenas para buscar uma pedra-pomes. Ao encontrar a jovem, com lágrimas nos olhos, Gandhi teria gargalhado e dito que "se algum bandido a tivesse levado, seu coração estaria dançando de alegria".

Sobre o lado racista de Gandhi, o escritor afirma no livro, que na época do Apartheid, quando trabalhou como advogado, o líder indiano teria feito declarações contra os negros. "Fomos mandados para uma prisão destinada a kaffirs(pessoas negras)", "Os kaffirs não são civilizados". "Entendemos que não nos classifiquem como brancos, mas ao mesmo nível dos nativos parece-me demasiado.", teria dito.

A crítica do “The Wall Street Journal” ao livro descreve este "novo" Gandhi como "um tarado sexual, politicamente incompetente, louco fanático, racista implacável e um incessante autopropagandista, professando o seu amor pela humanidade enquanto conceito, mas desprezando as pessoas como indivíduos". Ainda não li o livro e não sei se é para tanto, mas enfim...

Bem, pode ser até que hajam alguns exageros no que escreveu Lelyveld, mas me agrada mais saber que Gandhi era um homem comum, com conflitos, erros de jugamentos e até esse lado cruel. Isso o torna mais humano, mais próximo da realidade. Sempre me incomoda essa santificação, essa tentiva de tornar alguém sinônimo de perfeição, quando sabemos que essa perfeição é algo impossível. Gandhi foi um homem real, de carne e ossos. Santos não existem, são projeções tolas de uma perfeição inexistente, e nesse caso, prefiro a realidade.

Pena que para muitos, a tal bissexualidade de Gandhi, seja encarada da mesma forma que seu suposto racismo e machismo.

Comentários

  1. Vocês não respeitam nem o Gandhi...

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  2. Impossivel, este livro é uma ofensa a memoria de um grande lider, jamais gandhi poderia ser racista, o grande slogan dele foi defender a india, o negro e o hinduismo. Gandhi era negro e não tinha racismo internalizado

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  3. Eu nao tenho que respitar gandhi, tenho que respeitar JESUS CRISTO

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