A Polícia Civil de Taboão da Serra já tem três suspeitos de terem participado de um ataque a quatro mulheres lésbicas no último domingo, dia 9, dentro do Mc Donald’s, no Centro de Taboão da Serra. Segundo o delegado Dr. Gilson Campinas, os agressores são possivelmente moradores do Morumbi.
O ataque homofóbico aconteceu, segundo testemunhas, por volta das 0h10, na loja da rua do Tesouro. Quatro mulheres lésbicas foram agredidas por dois homens e uma mulher sem motivo aparente. Duas vítimas foram encaminhadas ao pronto-socorro Akira Tada, onde foram atendidas e liberadas em seguida. Uma das mulheres quebrou o dedo e chegou a desmaiar durante a agressão.
O caso foi registrado como agressão, mas existem indícios claros de homofobia. Enquanto eram agredidas, os homens gritavam “sapatão” para as vítimas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública a perícia foi prejudicada, pois o local foi limpo antes da chegada dos policiais. Uma aliança foi achada no local.
Um dos clientes que estava na lanchonete na hora da agressão anotou a placa do veículo, um Renault Clio prata, que o trio usou para fugir do local. Testemunhas do crime disseram que um dos homens era negro, gordo e media cerca de 1,80 metros. O outro homem que participou da agressão também era negro, magro e alto.
Segundo a gerente da lanchonete, as vítimas não tiveram comportamento inadequado ou provocativo em nenhum momento. Em nota, o McDonald's disse que “repudia qualquer atitude dessa natureza e colaborou com as autoridades na disponibilização de detalhes sobre o fato”.
A artesã Patrícia Odinéia Garcia, uma das vítimas da agressão, disse ao Portal G1, da Globo, que nunca tinha passado por nada parecido. “A gente não estava nem se tocando, eu sou muito discreta. Quando via notícias de gays agredidos, achava que era porque eles estavam se abraçando, mas não é assim não. Eu não fazia nenhuma demonstração de carinho. Só estava rindo e brincando”, detalha.
Protesto
A Ong Diversitas de Taboão da Serra, que apóia a causa gay, irá fazer um protesto nesta quinta-feira, dia 13, às 19h, em frente a lanchonete onde aconteceu a agressão. Em nota divulgada e publicada pelo Portal O Taboanense a Ong pede “um posicionamento das autoridades locais e o apoio e solidariedade de todo o povo taboanense”.
Segundo o presidente da Diversitas, Wanderley Bressan, “a homofobia tem feito milhares de vitimas fatais todos os anos e deixado marcas de violência na memória de milhares de outras pessoas. Taboão da Serra não pode aceitar inerte á essa onda de violência absurda através de demonstrações claras de machismo e homofobia”.
Em setembro do ano passado a Ong promoveu a primeira Parada Gay de Taboão da Serra, onde o tema foi “Somos muitos, estamos em todos os lugares e queremos direitos iguais”.
Fonte: O Taboense
Enquanto isso, nossas autoridades continuam fazendo cara de paisagem. Até quando as pessoas terão que ser espancadas e mortas para que alguém faça alguma coisa? Será que o governo não vê que esse tipo de ataque tem aumentado?
Bando de maluco, tem que prender todo mundo.
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