No último domingo, dia 12, aconteceu um beijaço em frente a doceria Ofner, localizada no bairro Jardins (Rua Batataes 429), em São Paulo.
Graças a mobilização via Facebook e Twitter, cerca de 100 manifestantes como cartazes e muita atitude, se reuniram em frente a doceria por volta das 18:00h. Além dos manifestantes, compareceram também o jornalista Leão Lobo e Rafael Cortez do CQC. Leão inclusive, disse já ter sido vítima de homofobia. "Estava com uns amigos em um café no Copam, de repente escutei 'Leão Lobo', fui olhar imaginando que fossem fãs, mas não, um careca mostrou o dedo do meio e vi que em sua camiseta tinha uma suástica", disse o jornalista.
O protesto foi uma resposta ao tratamento homofóbico dado a um casal, formado por um gerente de vendas e um advogado, no mês passado na doceria. Segundo Marcelo, 33, e Lúcio, 30, eles estavam tomando café com uma amiga e ao darem um simples abraço, foram estupidamente reprimidos pela segurança do local, que os chamou a atenção dizendo coisas absurdas. “Ele disse que ali era um lugar de respeito, frequentado por pessoas de família e não de bichas”, contou Lúcio.
Após ter sido repreendido pelo segurança, Lúcio pediu para falar com o gerente da loja, que se recusou a falar com as vítimas, mas por conta da insistência, resolveu atender ao casal. A princípio o gerente questionou a postura do casal, mas diante da ameaça de processo, resolveu pedir desculpas pelo ocorrido.
Não podemos nos esquecer que o casal estava apenas se abraçando, mas mesmo que estivessem se beijando, não caberia a repreensão, afinal de contas, casais heterossexuais fazem isso a todo momento e não são reprendidos por isso. É justamente para isso que foi criada a lei 10.948, que pune estabelecimentos que discriminam homossexuais no Estado de São Paulo.
O casal, como não poderia deixar de ser, resolveu processar a doceria, já que, além de terem sido vítimas de homofobia, também se sentiram envergonhados e constrangidos, por terem sido expostos diante dos outros clientes da loja.
A Ofner, através de seu gerente comercial, Laury Roman, lamentou o ocorrido e disse que a discriminação não faz parte da política da empresa. Segundo Laury, "Não tem cabimento segregar, maltratar ou perder clientes. Temos várias reuniões e falamos sobre as mudanças sociais, as quais não podemos julgar, temos que aceitar. Lamentamos muito o caso e já pedi desculpas pessoalmente a um dos envolvidos. Conversamos bastante e espero que tenha ficado esclarecido. Queremos que continuem sendo nossos clientes e que isso não volte a ocorrer nunca."
Legal, tam mais que protestar mesmo. Só assim esses homofóbicos irão aprender.
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