Um "professor" de uma Faculdade particular de Teresina(PI) foi demitido, depois de ter distribuído uma prova, onde havia um texto altamente ofensivo e homofóbico. Como se já não bastassem todos os trogloditas que saem por ai espancando gays, agora até professores, profissionais que, se supõe, deveriam ter uma visão mais clara do mundo, também incitam o ódio. Parabéns aos alunos que se recusaram a fazer a prova, e parabéns também a direção da Faculdade por ter demitido esse imbecil. Pena que provavelmente esse mau elemento irá continuar lecionando espalhando ódio e intolerância por onde passar. A Secretaria de Educação do Piauí deveria cassar a matrícula desse pulha.
A reportagem é da Folha de São Paulo:
"Professor é demitido no PI após prova com texto contra gays
Exame dizia que sexo homossexual é feito "no mais puro estilo animal"; para docente, texto não é homofóbico
Uma faculdade particular de Teresina (PI) anunciou a demissão de um professor substituto depois que ele aplicou uma prova com artigo ofensivo a homossexuais.
Cerca de 30 estudantes de serviço social da Faculdade Adelmar Rosado deixaram a sala por causa do conteúdo do texto, na segunda-feira.
O artigo, sem assinatura, é contrário à aprovação de projeto sobre a união civil homoafetiva. Um trecho diz que a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo "contraria a ordem das coisas".
Na prova, os alunos precisavam, por exemplo, identificar o tema e resumi-lo. Não havia espaço para opinarem.
O professor Raimundo Leôncio Fortes, de metodologia de trabalho científico, assumiu a autoria do texto.
A aluna homossexual Narailka Yasmin Soares e Silva, 20, disse que ficou chocada, principalmente ao ler o último parágrafo -onde se justifica que homossexuais não podem expressar o amor, pois a relação sexual é feita "no mais puro estilo animal".
Alguns alunos pediram a anulação da prova, conforme Liana Santanna, colega de turma de Narailka. Mas Fortes mandou a turma se calar, segundo Liana.
Narailka disse que começou a tremer, passou mal e saiu da sala. Foi então acompanhada por outros colegas.
Segundo a coordenadora do curso, Iris Neiva de Carvalho, a posição do professor não condiz com a do quadro docente da instituição e a turma terá uma nova prova.
À Folha o professor reconheceu que não deveria ter aplicado o texto, mas disse não considerá-lo homofóbico, pois não estimula a discriminação. Para ele, o artigo tem argumentações filosóficas e a estrutura era compatível com as questões.
Já o psicólogo Antonio Carlos Egypto, do GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual), afirma que o texto é homofóbico por adotar argumentos que validam o preconceito. Um deles seria considerar que só a relação heterossexual é natural.
Para ele, uma prova sobre o assunto deveria adotar ao menos um texto divergente.
Trecho da prova
"Essa pretensão entre os homossexuais não tem sentido, não devendo ser reconhecido juridicamente [...] contraria a ordem das coisas relativas à sexualidade e genitalidade humana. Sendo o ânus um órgão não receptor, como a vagina, mas expelidor de excrementos, não existem mecanismos facilitadores deste tipo de relação [...] por ser uma relação cuja posição não é face a face, mas ao contrário, no mais puro estilo animal""
Fonte: Folha de São Paulo
Bem feito, agora irá aprender a ser menos preconceituoso.
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