"Profeta" acusado de sequestro e estupro.

05 de junho de 2002, Elizabeth Smart, então com 14 anos de idade, foi surpreendida por um homem em seu quarto. Brian David Mitchell, conhecido como "Emanuel", um pregador de rua mórmon que se autodenominava um "profeta", se aproveitou que Elizabeth havia deixado a janela da cozinha aberta, por causa do cheiro das batatas que sua mãe havia deixado queimar.

Mitchell retirou Elizabeth da cama, onde dormia com sua irmã de 9 anos, com uma faca no pescoço da jovem e ameaçando matar ela e sua família.  Na noite do sequestro, Smart disse que Mitchell, ajudado por sua esposa Wanda Eileen Barzee, levou-a a um acampamento nas montanhas acima de Salt Lake City, onde foi despojada de seu pijama vermelho e vestida com vestes brancas antes de ser forçada a se "casar" com ele, em uma rápida cerimônia realizada pelo próprio Mitchell. Mitchell também ameaçou repetidamente que mataria Smart, a sua família, ou qualquer pessoa que tentasse ajudá-la a escapar.

Elizabeth, que durante muito tempo foi acorrentada a uma árvore; foi abusada sexualmente, obrigada a ingerir álcool, fumar maconha e exposta e pornografia. Mitchell dizia a Elizabeth, que ela tinha sorte por ter sido escolhida com uma de suas esposas e de ter sido salva do mundo. Elizabeth também conta que Mitchell tinha planos de "conseguir" mais jovens para serem suas noivas, ele pretendia chegar a um número "divino" de 7 esposas. Mitchell, assim como a maioria dos religiosos, utilizava a religião para proveito próprio, afinal de contas, esta é uma forma muito eficiente de saciar seus vícios.

O julgamento de Mitchell está em andamento e ele pode ser condenado a prisão perpétua. A devesa tenta alegar insanidade mental, o que não será muito fácil já que segundo Dan Abrams, fundador "Mediaite NBC" e Diretor Jurídico, "toda ação que ele levou para manter Smart em sua posse, será usado para mostrar que ele sabia o que estava fazendo. Há numerosos exemplos, incluindo o testemunho de Elizabeth e histórias onde Mitchell mentiu a um policial para impedi-lo de ver o rosto da menina, alegando ser contra a sua religião.

Wanda Eileen Barzee, foi condenada a 15 anos de prisão depois de um acordo judicial, Wanda foi condenada por ser cúmplice. 

Mais um exemplo de um religioso que utiliza de seu poder para, através da fé, subjugar e abusar de crianças ou pessoas incapazes de enchergar, o que realmente está por trás dessas armadilhas.  São esses mesmos religiosos que nos julgam, nos condendam e tentam determinar como devemos agir. Esses mesmos religiosos que, sempre estão presentes na hora de barrar qualquer iniciativa de conquista pela igualdade de nossos direitos. Direitos esses, diga-se de passagem, que em nada irão prejudicar os direitos dos outros.