Avanços na políticas pró-LGBT na Rússia

Por: Julio Marinho

Nesta sexta-feira, 01/10/2010, a polícia de Moscou prendeu alguns opositores dos direitos dos homossexuais, nesse que foi o primeiro protesto por direitos dos homossexuais autorizado em anos, marcando assim, uma reversão da política da política após a demissão, na semana passada, do prefeito extremamente intolerante e homofóbico da cidade Yuri Luzhkov.

O prefeito de Moscou, chegou a comparar gays ao diabo, e comícios dos direitos dos homossexuais em Moscou eram proibidos e violentamente reprimidos pela polícia. Mesmo assim muitos ativistas seguiam em frente, mesmo diante da violência dos policiais e de grupos neo-nazistas. Em quase todas as tentativas de proseguir com as manifestações, os ativistas eram violentamente dispersos pela polícia.

Mas para alívio dos ativistas o prefeito, após ter ficado 18 no cargo, foi demitido nesta terça-feira, depois do presidente Dmitry Medvedev, dizer que tinha perdido a fé nele.

A homossexualidade deixou de ser crime na Rússia apenas em 1993, mas continua praticamente clandestina em Moscou, e as paradas gays enfrentam hostilidades, além da própria polícia, de grupos de ultradireita e da Igreja Ortodoxa.

Aprocimadamente 20 ativistas protestaram em frente ao escritório Swiss International Air Line, contra o suposto papel da empresa no sequestro do líder do movimento pelos direitos dos homossexuais da Rússia Nikolai Alexeyev, o que gerou preocupação em todo o mundo.

Nikolai é amplamente conhecido no movimento internacional de direitos homossexuais por seus esforços repetidos para organizar paradas pelo orgulho gay em Moscou.

Alexeyev acusa a companhia de tê-lo conduzido a um portão de embarque no Aeroporto de Domodedovo a mando de quatro homens não identificados, que o levaram para uma delegacia.

Alexeyev estava a bordo de um vôo para Genebra, mas foi levado para a cidade vizinha de Kashira e após ser insultado com vários termos ofensivos a homossexuais, teria sido ordenado a retirar as queixas apresentadas contra a Rússia no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

O porta-voz da Swiss Air Line, Andrea Kreuzer, disse que a empresa foi informada de que Alexeyev não havia corretamente passado nas verificações de segurança. A imprensa russa na época, citou um funcionário do aeroporto de Domodedovo, que teria dito que Alexeyev foi detido depois de se recusar a retirar seus calçados na verificação de segurança.

Na sexta-feira, Alexeyev e outros ativistas portavam cartazes acusando a companhia suíça de cumplicidade no sequestro, enquanto isso a polícia prendia pelo menos quatro manifestantes tentando sabotar a manifestação.

"A polícia trabalhou profissionalmente, e nós somos gratos a eles", disse Alexeyev, que foi agredido e detido várias vezes pela polícia no passado. "Eles nos protegeram."

Mas ele acrescentou: "Estou certo de que fomos autorizados a protestar, apenas porque Luzhkov foi demitido." Ele previu uma nova era de abertura sob  o governo do sucessor de Luzhkov, que ainda está para ser nomeado. Vamos torcer e aguardar!

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