No dia 28 de junho, data em que celebramos o dia do orgulho LGBT, em Belém do Pará, um evento oficializou a união de nove casais do mesmo sexo. O evento aconteceu numa discoteca LGBT da cidade e a notícia foi divulgada pelo Diário do Pará, segundo o diário, o evento contou com a presença da vice-presidente da câmara de Ananindeua, Sandra Batista, que foi madrinha dos casais. A juíza Rossana Parente oficializou as uniões e referiu que este acontecimento é um grande passo para o movimento LGBT.
De acordo com Rai Carlos, transexual masculino, assessor de articulação do CRPCH, "Não estaremos casando, mas sim garantindo através de um contrato oficial, os direitos que cabem a qualquer casal que vive uma relação afetiva e divide sua vida. O que geralmente ocorre com casais homossexuais é que após alguns anos juntos quando um deles falece o seu companheiro ou companheira não pode ficar com os bens que eles coletivamente construíram, pois a família que sempre fingia aceitar, revela sua homo/lesbofobia e fica com todos os bens do falecido".
Os casais tiveram que comprovar que já vivem uma relação estável há mais de dois anos, através de testemunhas e documentos de residência, conta em banco, bens patrimoniais e outros.
Apesar do atraso, não pude deixar de destacar esse fato, óbvio que é uma boa notícia, afinal de contas é um começo, mas enquanto aqui comemoramos migalhas, em outros países o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é uma realidade mais que consolidada. Enquanto aqui, candidatos a Presidêcia da República, fazem confusão e não conseguem distinguir a diferença entre casamento civil e religioso, no Reino Unido o Parlamento passou a permitir que as uniões entre pessoas do mesmo sexo possam ser realizadas em igrejas e noutros locais de oração. Embora, pelo menos para mim, isso não chega a ter nenhuma importância, inegável a visão humanitária dos políticos do Reino Unido, assegurando assim, o bem estar da população LGBT. Particurlarmente, não acho correto misturar religião com direitos civis, já que eles não nos aceitam, que fiquem nos seus quadrados, pena que eles não pensem assim e vivam se mentendo em assuntos, que não lhes dizem respeito. Haverá obviamente o dia em que o Brasil, terá que se render aos avanços das sociedades mais avançadas, mas enquanto isso não acontece, direitos são negados, pessoas são agredidas e mortas, religiosos impõe suas crenças e o Brasil perde o bonde da história.
Fico muito feliz que um país como o Brasil tenha dado esse passo ! Tenho uma parceira que amo muito e gostaria que fossemos reconhecidas judicialmente como conjugês ! Ainda sonho no dia em que isso será finalmente possivel ! Ótima matéria !
ResponderExcluirOlá Carol, vamos torcer né? Felicidades para vcs.
ResponderExcluirParabéns a juiza Rossana Parente assim como outros juristas que sempre estão a frente do executivo como Dr. Zeno Veloso. Avançar e nunca retroceder. Ser diferente é natural mas que também precisa se integrar oficialmente, pois viver a margem ou mascarado é imperdoável.
ResponderExcluirPerfeito Jacqueline!
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