Por: Julio Marinho
Na madrugada dessa quinta-feira, a Argentina aprovou a lei que dá direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na América Latina apenas eram reconhecidas até agora as uniões civis entre pessoas de mesmo sexo em dois países, Uruguai e Colômbia, e o casamento gay na Cidade do México.
Na madrugada dessa quinta-feira, a Argentina aprovou a lei que dá direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na América Latina apenas eram reconhecidas até agora as uniões civis entre pessoas de mesmo sexo em dois países, Uruguai e Colômbia, e o casamento gay na Cidade do México.
Após quase 14 horas de debates acalorados, os senadores aprovaram a lei com 33 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções. Com isso, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a legalizar o casamento gay. O projeto garante a gays e lésbicas, os mesmos direitos e responsabilidades de casais heterossexuais. A lei prevê a mudança dos termos "marido e mulher" do Código Cívil para "contraentes", garantindo assim os direitos a herança, benefícios sociais e adoção.
A votação foi acirrada, houveram momentos de tensão entre os Senadores. A Senadora governista, Sônia Escudero afirmou rejeitar o casamento homossexual por considerar que "a relação homem-mulher é fértil, a relação homossexual é estéril, e como é diferente é preciso dar-lhe uma regulação diferente". Seguindo a linha de pensamento da Senadora, casais heterossexuais estéreis, também deveriam ter uma legislação diferenciada, já que a questão é a fertilidade. Em contrapartida, Luis Juez, da opositora Frente Cívica, optou por apoiar o governo porque, mesmo cristão, entende que "nem na Bíblia há um parágrafo onde Cristo fosse contra os homossexuais". Ele lembrou que o código civil é "uma instituição laica, em um país laico".
O resultado da votação foi muito comemorado pelos manifestantes pró casamento e pela chefe de Estado, Cristina Kirchner, que sancionará a lei, já que foi uma das maiores defensoras do projeto. "Estou muito satisfeita. Foi um passo positivo", teria dito Cristina de Xangai, onde faz uma visita oficial a China. A chefe de Estado voltou a atacar a Igreja, "Eu não concordo com o discurso em torno do debate. O fato de que Deus falou da guerra, por exemplo, mostrou que a radicalização não foi positiva em qualquer forma", teria dito. A igreja católica da Argentina, teria feito uma campanha radical contra a aprovação da lei, chamando-a inclusive de "projeto do demônio", mas foi rechaçada pela forte mobilização LGBT e seus simpatizantes, houveram inclusive, confrontos acalorados em frente ao Senado por toda a madrugada.
A posição da igreja não me surpreende, afinal, de intolerância e crueldade ela entende muito bem, uma rápida pesquisa na história dessa instituição, pode provar o que digo.
Diferentemente do que acontece aqui no Brasil, na Argentina a maioria dos políticos, sabe diferenciar religião e política. O índice de desenvolvimento humano argentino, também explica sua postura mais antenada com as questões sociais. Só para termos uma idéia, enquanto a Argentina ocupava em 2009 a 49º posição, o Brasil a posição 75º. Acho que isso mostra bem a diferença entre os dois países, ou seja, estamos muito aquém de atingirmos uma postura mais condizente, com nossa falsa imagem de país tolerante e moderno.
A nós brasileiros, só nos resta parabenizar os deputados, senadores, a presidente Cristina Kirchner e principalmente ao povo argentino, que além da mobilização a favor da lei, soube escolher seus representantes, independentemente de suas convicções religiosas. Foi na verdade, uma aula de democracia e cidadania.
Vamos torcer para que essa aula de cidadania e democracia argentina, contagie, de alguma forma, nossos ilustres representantes, e os façam perceber que, não somos cidadãos de segunda classe, somos pessoas normais que pagam seus impostos e merecem um mínimo de respeito.
Enquanto isso no Brasil querem impedir que casais homoafetivos adotem crianças. ACORDA BRASIL!!!
ResponderExcluirO que vai gerar de piadinhas aqui no Brasil, sobre isso, BRASILEIRO É O UNICO POVO DO MUNDO QUE TEM RIVALIDADE POR CAUSA DE FUTEBOL, depois não querem que nos chamem de macacos lá fora.
ResponderExcluirO problema vai mto além do casamento, casais homos são discriminados a vida toda, principalmente pela familia, daí um dos dois morre e vem a familia do outro (que odiava a relação) pra tomar os bens que o casal construiu por anos, pouco se importando, como diz uma amiga advogada, td se resume a $$.
ResponderExcluirÉ preciso acabar com a hipocrisia, TODOS pagamos impostos, TODOS deveriamos ser iguais perante a lei, mas...
Ps.: não sou homo, e "familia" são as pessoas que você ama e que amam você, jamais foi ou será laço de sangue, que serve apenas pra nos mantermos vivos (o sangue é claro, já a familia...)
Parabens a Argentina! O Brasil é um país retrógrado, machista, homofóbico e preconceituoso! Quem acha q o Brasil é um país "livre" é pq ñ faz parte de nenhuma minoria. Aliás, ñ precisa fazer nem parte de uma minoria, dando exemplo com que os nordestinos foram tratados naquela comunidade do Orkut que virou caso de policia. As pessoas ñ tem mais respeito uma pelas outras, é deprimente ver alguem ser julgado somente pela sua origem, cor de pele, orientação sexual... Pessoas de bem sofrendo até com ameaças de morte por esse puro preconceito!
ResponderExcluirE depois dessa noticia da Argentina esperem as piadinhas em 3....2....1....
Não!!
ResponderExcluirA ociedade não pode aceitar esse tipo de situação!
Só porque agora virou modinha ser Gay ou lesbica,somo obrigados a legalizar a união homossexual???!
Não não e não!
Isso é tão anormal que vai contra a propria natureza!! Dois homens não podem se reproduzir juntos...o mesmo acontece com duas mulheres!
Acorda Galera!!
Isso não tá certo!!
Nunca vai estar!
Imagina a cabeça de uma criança que convive com esse tipo de gente!!È realmente uma crueldade a justiça liberar crianças para essa pessoas!!
E quanto a liberação da união Gay o Brasil não vai legalizar...e não será retogrado por isso!
Muito pelo contrario,ele estará conservando a inocência das crianças, mantedo a integridade e privando a sociedade de se adptar com esas aberrações!!
Não á legalização do casamento Gay!
Eliel, a unica modinha que existe hj em dia é esse tipo de pessoa que nem vc q acha q está acima de todos pra poder julgar quem é melhor e quem é pior. Esse tipo de pessoa sempre vai existir na face da terra e devemos lutar exatamente contra isso! Se vc está doutrinado a viver de uma maneira, azar o seu, viva no seu mundo quadrado e deixe as outras pessoas em paz. A unica pessoa anormal alem de vc é a sua mãe q te deu essa pessima criação...
ResponderExcluirPelo seu comentario de "dois homens ñ podem se reproduzir" vejo q vc é algum tipo de religioso. 1º q ñ somos animais irracionais q só fazemos sexo para nos reproduzir e ñ temos nenhum tipo de sentimenta com o nosso(a) parceiro(a). Aposto q vc faz sexo por prazer e ama a sua mulher, do contrario vc poderia se embasar nessa sua teoria "reprodutiva".
O amor é q nos torna diferente de qualquer outro animal q exista, e o amor a gente ñ escolhe pra quem dar.
Poderia passar horas furando todas as teorias preconceituosas e machistas da biblia mas ñ vou, ou pelo menos por enquanto. O Brasil é assim tão atrasado pq é um dos paises mais católicos do mundo. Onde a igreja impera sempre há rebanhos de ovelhas a seguir cegas os ensinamentos errados. Em paises desenvolvidos a maior parte da população se diz ateia e as leis e a vida lá são infinitamentes melhor do q aqui.
Mas por favor ñ me venha com essa de "o q nossas crianças vão pensar, ser, etc", vc ñ é nenhum tipo de conservador, vc ñ está preocupado com crianças ou com alguem, é VOCÊ q tem problemas como isso ñ outras pessoas...
No fundo vc deve ser uma pessoa frustrada e amarga, pena q vc talvez um dia passe toda essa magoa pra um filho teu.
Realmente é triste a nossa situação!Somos um país de merda!Só há corrupção e nos vangloriamos mais pelo futbol e não a nossa terra!Somos preconceituosos e idiotas!Falo isso em modo geral por que são muitos!Eu não penso assim,não sou gay e tenho um irmão que é e ele não é nada desse esteriótipo que falam ou fazem.O Brasil é uma vergonha! Até minha prima que mora na Alemanha não quer mais morar aqui!Acho que tbm vou morar com ela pois,ja não aguento mais toda essa violência,gosto do Brasil pelo seu povo alegre e simpático não por essa horrivel corrupção e esses preconceitos bestas!Pra ser feliz,basta amar,independete se for homem ou mulher!Vê se toma juíso Brasil ou nunca será uma superpotência!
ResponderExcluiro problema não está em liberar casamento gay em cartório, mas sim em obrigar igrejas( ninguém é obrigado a seguir uma) a aceitar impor dentro dela as mesmas leis civis.se isto ocorre fere a constituição, sendo assim cuidemos para não evitar-mos um preconceito, criando outro!
ResponderExcluirEm todas as civilizações, culturas e tempos da história as sociedades se organizaram em famílias e em torno delas. Patriarcais ou matriarcais, mais ou menos amplas, as estruturas familiares sempre foram concebidas como células formadas por casais e suas proles. Seja através dos meros costumes, seja mediante o direito positivo, os povos, em quaisquer religiões ou raças, protegeram a instituição familiar e lhe reconheceram direitos específicos.
ResponderExcluirTêm sido feito esforços, de uns anos para cá, no sentido de ampliar as disposições do Direito de Família para abranger, também, as relações homossexuais estáveis, atribuindo-lhes conteúdos essenciais desse direito como a adoção e a herança. No entanto, família não é qualquer coisa e qualquer coisa não é família. A homossexualidade é um fato social e o afeto entre pessoas do mesmo sexo, um dado da realidade. Mas assemelhar esse convívio com a organização familiar é coisa bem diferente. O convívio homossexual é apenas uma relação afetiva e o Estado nada tem a ver com ela porque não lhe cabe regular relações afetivas, como não lhe cabe regular as amizades, simpatias ou a sexualidade voluntária entre cidadãos maiores de idade.
Deveria abrir-se o manto protetor do Direito a toda e qualquer conjugação afetiva que ocorra na sociedade, como, por exemplo, a coabitação de um homem com duas mulheres, ou de uma mulher com dois homens, ou o convívio de dois casais com parcerias indefinidas, estabelecendo-se ali direitos e deveres, ônus e bônus? Seria óbvia impertinência e demasia, fosse para proibir, fosse para proteger.
A recorrente e sempre lembrada questão da disposição dos bens havidos por um par homossexual durante o tempo de convívio, notadamente quando ocorre o falecimento de um deles, é matéria que se resolve com registros cartoriais, à semelhança de qualquer empreendimento que envolva duas ou mais pessoas físicas. Se não o fizeram, por desídia ou falta de vontade de um ou de ambos, deve o Estado dispor sobre isso no lugar deles?
Finalmente, a propósito do pretendido direito de adoção, é evidente que o melhor desenvolvimento psíquico e emocional de uma criança tende a ocorrer no convívio com um casal heterossexual, onde estejam definidas as figuras do pai e da mãe. E em tais casos, como sabem e decidem os magistrados, é o bem da criança o critério determinante. Nunca o simples desejo do casal adotante.
Uma família pode se tornar incompleta ou se extinguir, por vontade própria ou fatalidade. Mas ela será sempre a célula fundamental da sociedade humana. Família, repito, não é qualquer coisa e qualquer coisa não é família. Por harmônica e estável que seja, uma convivência homossexual será apenas uma convivência afetiva a exemplo de tantos outros convívios estáveis que ocorrem sem que as partes compartilhem o leito. Não é o que acontece na cama que define a existência de uma família.
Pois é caradebronze, grande discurso vazio. Esse mesmo texto poderia estar situado no século passado defendendo, por exemplo, a escravidão, ou dando razão para a inferiorização feminina, ou tentando justificar a violência contra crianças e tantos outras situações, que a sociedade vem tentando combater, por entender serem nocivas. É o discurso de quem quer justificar o injustificável.
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