Desing inteligente, criacionismo travestido de ciência

Por: Julio Marinho


Na semana passada, no Colégio Presbiteriano Mackenzie em São Paulo, houve um ciclo de debates envolvendo a teoria do desing inteligente. A teoria do desing inteligente(DI), foi criada em meados dos anos 80. Essa teoria nada mais é do que o criacionismo travestido de ciência, que visa opôr-se a teoria da evolução das espécies, desenvolvida por Charles Darwin. 

Segundo o DI, um ser superior teria desenvolvido esse desing, mas se formos levar isso a sério, chegaríamos à conclusão de que se trata de um serviço mal feito, desenvolvido por um designer bem incompetente. Como um ser superior, onipotente, onisciente e onipresente, pode conceber criaturas cheias de defeitos de fábrica? Afinal de contas, um ser superior e perfeito, pelo menos deveria, criar formas igualmente perfeitas.

Não quero ficar debatendo contos de fadas, mas o que me assusta é a possibilidade do Brasil imitar os EUA, e aceitar esse tipo de "ensinamento". Não sou contra esse tipo de abordagem, porém, isso deve ficar no campo do ensinamento religioso, que obviamente, deveria ser ensinado nos templos ou nas casas de quem acredita nessas bobagens. 

A educação nesse país tem ficado cada vez mais complicada. Aqui no Rio de Janeiro em 2009, depois que a aprovação automática foi abolida, houve um aumento de 447% na taxa de repetência na rede municipal, em relação a 2008. Vídeos mostram o absurdo dos trotes aplicados em Universidades pelo país afora, uma aluna que foi agredida por estar usando um vestido curto, alunos assassinados em plena sala de aula, jornal criado por alunos de uma renomada faculdade de São Paulo, incitando a violência contra homossexuais, professores sendo agredidos por alunos e pais dos alunos, etc. Melhor parar, senão o post fica enorme, pois a lista de problemas é muito grande. A coisa já está feia agora, mas o futuro não nos dá muita esperança não.